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Geólogo alerta que rochas no Portão do Inferno podem desmoronar 'hoje ou daqui a 30 anos'

12 Jan 2024 - 10:45

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Max Aguiar

Foto: Olhar Direto

Geólogo alerta que rochas no Portão do Inferno podem desmoronar 'hoje ou daqui a 30 anos'
Equipes técnicas vistoriam a situação do trecho em perigo na região do Portão do Inferno, na MT-251, que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, na manhã desta sexta-feira (12). A inspeção foi solicitada pelo presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE), Sérgio Ricardo, e conta com a participação de especialistas e autoridades.


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De acordo com o geólogo da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), Darlan Santos, são necessários novos estudos sobre a região, para ter uma periodicidade de dados com melhores indicações sobre o estado da rodovia e o nível de segurança.

“Tecnicamente para você ter os dados hoje, precisávamos fazer mais uns estudos para constatar, fazer uma periodicidade de dados para ter realmente uma indicação melhor da pista. Mas, assim, visualmente que a gente fala, ela tá em risco. Usando todos os dados que a gente teve, informações de outros estados que também fizeram os mesmos tipos de trabalho, a gente está numa situação de risco”, informou Darlan.

O primeiro estudo, que foi amplamente divulgado pela imprensa, sobre os riscos geológicos no sítio do Portão do Inferno, foi realizado pela Metamat, a pedido da Defesa Civil do Estado, em 2022. À época, o relatório final já apontava o alto risco de acidente geológico, nível R4, na região, devido ao mal planejamento da rede de drenagem.

Um item que precisa ser melhor avaliado por especialistas é a resistência dos materiais geológicos na região, principalmente das formações localizadas em cima e embaixo da rodovia MT-251.

“Precisamos ter uma noção e ver qual é a resistência desse material, porque aqui estamos em contato entre duas formações geológicas. E é preciso ter estudo, para saber se a enxurrada está levando material, se tem erosão laminar, que é passada pela água, pois assim temos uma melhor indicação, porque estamos falando da proibição de passagem para uma cidade”, explica o geólogo.

Outro apontamento feito por Santos é sobre a imprevisibilidade do tempo geológico, pois, por exemplo, uma das maiores rochas, localizada no paredão sob a MT-251, pode vir a cair a qualquer momento, seja hoje ou daqui a 30 anos.

“Mas em um uma hora ela vai cair, mas a gente não tem esse estudo para indicar se vai ter um desmoronamento recente ou não. O risco de ficar eminente depende da situação das chuvas, pois como é uma formação de arenito, quando é fraturado, praticamente enche de água, e isso descola. É tipo uma cola, que vai soltando placas de rocha e desmoronando”, pontua Darlan.

Sobre a tela de contenção que será instalada no trecho do Portão do Inferno, o geólogo afirma que é uma medida paliativa e não é possível falar que ela será 100% eficiente.

O TCE divulgou durante esta semana que já oficiou a Casa Civil e a Metamat solicitando informações sobre estudos técnicos, pesquisas, avaliações e/ou relatórios que possam auxiliar no entendimento, tomada de decisão e esclarecimentos sobre as possíveis soluções para os deslizamentos de rochas na MT-251 entre os quilômetros 42 e 48.
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