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Terça-feira, 30 de abril de 2024

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aumento nas estatísticas

'Ainda temos muito a caminhar para a construção de um sistema punitivo', diz delegado sobre caso de feminicídio

Foto: Reprodução

Jorlan e Mayla

Jorlan e Mayla

"Ainda temos muito a caminhar para a construção de um sistema punitivo condizente". Essa foi fala do delegado João Antônio Batista ao pedir a prisão do empresário Jorlan  Cristiano Ferreira, de 45 anos, suspeito de matar a jovem transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos.


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Segundo o documento que requereu a prisão preventiva, o delegado afirmou que a agressão contra a mulher não se trata unicamente da física, mas também da psicológica e moral. Por isso, deve haver medidas mais duras para tais responsáveis.

"As inúmeras estatísticas apontam o quanto ainda temos a caminhar para a construção de um sistema punitivo de fato condizente com as necessidades atuais, em especial, pelo fato de ainda ecoar na sociedade uma sensação de impunidade que paira nas sanções penais nos crimes que envolvem violência doméstica. Sendo o emprego de violência contra a mulher, seja de qualquer tipo, diante da patente situação de vulnerabilidade, é elemento que torna clara a necessidade da constrição da liberdade", disse o delegado.

Ainda no mesmo documento, a autoridade policial afirmou que Mayla foi assassinada no âmbito doméstico, já que a mulher tinha uma relação íntima de afeto com Jorlan.

"É de conhecimento notório que os crimes de feminicídio têm tido um aumento relevante e, para evitá-los, há que se ter uma atuação laboriosa do Estado e de toda a rede de proteção da mulher, sendo que, com os elementos carreados aos autos (vídeos, imagens, prints e outros) e da análise do Formulário CNJ, temos nítida a gravidade da conduta do investigado, bem como o potencial de suas palavras que podem se tornar ação com possível fatalidade, que é o que devemos impedir", pontuou.

O juiz da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá), Fábio Petengill, determinou a prisão preventiva de Jorlan, que foi transferido para a Cadeia Pública.

Entenda o caso

Mayla foi assassinada na terça-feira (16). Ela foi morta com duas facadas. Segundo as informações da Polícia Civil, Jorlan enrolou o corpo da vítima em uma lona usada para cobrir uma piscina.

Depois, o empresário colocou o corpo da vítima no porta-malas de um carro. Ela foi levada até a estrada Morocó, onde foi desovada. 

Empresário do ramo alimentício, Jorlan foi detido no bairro Bandeirantes. Os policiais chegaram ao suspeito, depois de descobrirem que o homem utilizou um veículo VW Polo, da sua esposa, para supostamente desovar o corpo da mulher.

Jorlan admitiu, de forma informal, que a faca e a lona da piscina - utilizada para desovar o corpo de Mayla, eram dele.
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