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Comerciantes do centro histórico de Cuiabá se reúnem para tentar impedir Carnaval

30 Jan 2024 - 20:25

Da Redação - Mayara Campos e Rodrigo Costa / Do Local - Bruna Barbosa

Foto: Aterio M. Alighieri

Comerciantes do centro histórico de Cuiabá se reúnem para tentar impedir Carnaval
Comerciantes do centro histórico de Cuiabá estão mobilizando um abaixo-assinado e reuniões para impedir a realização do Carnaval 2024 nas ruas da região central da cidade. Neste ano, as festividades carnavalescas são promovidas pela Secretaria de Estado, Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e a Liga Independente dos Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba de Cuiabá, que lançam o Circuito Folia Cuiabá 2024, na quarta-feira (31).


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O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso, Jonas Alves, afirmou ao Olhar Direto que a preocupação da categoria é sobre a falta de infraestrutura no local. Ele citou como exemplo a precariedade dos casarões.

“A gente tem uma preocupação muito grande com a fragilidade do ambiente para a fazer uma festa, uma organização do Carnaval com o calçadão precário, com falta de banheiros químicos e estrutura que não tem no centro histórico, inclusive com a estrutura física das próprias construções, que são muito frágeis”, disse. 

Ele também afirmou que o barulho das pessoas e o volume alto do som podem causar outras problemas, mas não disse quais. E sugeriu que a festa fosse realizada em outro local da Capital que não o Centro Histórico. 

“Então eu acho que tem que se pensar melhor, num espaço melhor, mais apropriado para isso. Cuiabá tem vários espaços e aqui o Centro Histórico com certeza não é o melhor espaço para isso. É nesse sentido que a gente estava reunido e tentando conversar com o nosso secretário, com o prefeito para que se sensibilize para essa situação e entenda isso”, pontuou.

O Secretário de Cultura de Cuiabá, Aluizio Leite, participou da reunião com os comerciantes do Centro Histórico. Ele disse ao Olhar Direto que a preocupação dos empresários é a falta de infraestrutura e a fragilidade dos casarões.

“Comerciantes e moradores pedem para que não haver o carnaval no Centro Histórico pela fragilidade das estruturas. No ano passado, houve carnaval no Centro Histórico e causou um enorme transtorno para os comerciantes e moradores”, disse. 

Questionado sobre quais seriam as opções apresentadas pela prefeitura, o responsável pela pasta declarou que tem "outras alternativas apontadas para os organizadores do evento". Ele afirmou que é necessário alvará para realizar qualquer tipo de evento em Cuiabá e que a emissão do documento é feita necessariamente pela prefeitura. 

O secretário afirmou que a prefeitura não foi informada pelo Estado sobre o evento. “Isso está dentro da programação do governo estadual, que não consultou Cuiabá. Cuiabá precisava ser consultada para dizer se é possível ou não esse tipo de realização nos locais onde eles programaram”.

Procurada, o secretário adjunto da secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso, Jan Moura, disse que as negociações a respeito dos espaços são de responsabilidade dos realizadores do evento e afirmou que o governo é um patrocinador institucional. O Olhar Direto entrou em contato com a Liga Independente dos Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba de Cuiabá (Liga Cuiabá) e aguarda posicionamento. 
 

Uma abaixo-assinado também está sendo organizado, liderado pela Associação dos Lojistas do Centro Histórico de Cuiabá e a Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL). No cabeçalho do formulário, é explicado um dos motivos para a não aceitação das festividades.

“Pelo motivo que tal evento não traz nenhum benefício para o comércio local que já amarga perdas e danos no seu dia-a-dia, assim sendo, encaminhamos esse abaixo assinado”, diz o documento.

As festividades no centro histórico acontecem entre os dias 10 a 13 de fevereiro, realizado pelo selo musical SUMAC Records, a produtora Oddly, e o Mandinga Bar. Essa é a segunda edição do evento, conhecido como Carnaval da Central, que reunirá mais de 30 atrações, com samba, pagode, funk, rap, música eletrônica, música autoral e participação dos bloquinhos independentes.
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