O vereador de Paranatinga, Wellington WG (sem partido), afirmou que tinha como pretensão concorrer à prefeitura municipal nas eleições deste ano, pelo Partido Liberal (PL), do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, em conversa com a reportagem do Olhar Direto nesta quarta-feira (21), ele diz ter sofrido um golpe da deputada federal Coronel Fernanda (PL) e acrescenta que a legenda vem se deteriorando no município com as investidas e interferências promovidas. 

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O vereador disse que a deputada retirou dele o comando do diretório municipal do PL e entregou nas mãos do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) que, segundo Wellington, é um partido de esquerda. Por isso, diz, se desfiliou da legenda.

“Depois que virou deputada, ela simplesmente disse que quem mandava em Paranatinga era ela”, salientou Wellington WG, que está em seu primeiro mandato no legislativo municipal. "A coronel Fernanda fazendo isso está acabando com a direita do município".

De acordo com WG, o diretório do Partido Liberal em Paranatinga está sob o comando de Eli Gomes de Oliveira. Ele é o atual secretário municipal de Saúde da cidade e o nome escolhido pelo prefeito Marquinhos do Dedé (MDB) para sucessão no Executivo Municipal. Dedé está em seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição.

“Como eu sou direita, eu não vou entrar num grupo que eu fiscalizo. Na verdade, antes de eu ser vereador eu já fazia o papel de fiscalização, denúncia [a gestão] ao Ministério Público. Então eu não vou entrar num grupo ao qual eu estou denunciando há oito anos, e ainda mais sendo um grupo que está se ligando à esquerda”, disse. 

Questionado pelo Olhar Direto como o presidente do partido em Mato Grosso, Wellington Fagundes, tem se portado diante da crise da sigla no município, WG afirmou que ele se posicionou “em apoiar o MDB dentro do PL”.

Segundo o vereador, a “birra” da Coronel com ele se dá pelo fato de sua candidatura ter o apoio do deputado estadual Elizeu Nascimento, com quem Fernando tem atritos. 

“Ela me chama de pupila do Elizeu Nascimento e disse que fiz ameaças a ela. Eu nego qualquer ameaça. Primeiro, se eu tivesse ameaçado uma mulher, possivelmente um pedido de cassação por quebra de decoro já estaria em andamento contra mim. Se eu tivesse ameaçado a policial, a coronel Fernanda, possivelmente eu estaria preso. E não existe um boletim de ocorrência, entendeu? Então, isso é conversa fiada dela”, contou