A ex-senadora Serys Slhessarenko afirmou que sua filha, a empresária e médica Natasha Slhessarenko, aprendeu com o "golpe" sofrido nas eleições de 2022, quando se viu impedida de continuar candidatura ao Senado, mesmo após ter seu nome aprovado em convenção do PSB. Na avaliação da ex-parlamentar, o aprendizado deve servir para as tratativas do pleito deste ano, em que Natasha tem sido lembrada como possível vice numa chapa encabeçada pelo presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União).

Leia também
Federação pode desistir de lançar Avallone para apoiar projeto de Botelho em Cuiabá

“Acredito que ela aprendeu um bocado, acreditou naquilo que não deveria ter acreditado. Ele acreditou que é costumeiro ter palavra, mas, de repente, se comprometem com algo e na hora H puxam o tapete”, afirmou.

“Ela aprendeu que é preciso cravar conversas com pessoas sérias, determinadas e que respondam por aquilo que se comprometem. Ela está trabalhando muito em Brasília, pois é membro do Conselho Federal de Medicina, assim como trabalha muito em São Paulo e aqui”, acrescentou.

Natasha sofreu um duro golpe em 2022, quando retirou sua candidatura dias após a convenção. Ela se viu sem saída com o fato de o PSB ter se coligado ao grupo do governador Mauro Mendes (União), que tinha o senador Wellington Fagundes (PL) disputando a reeleição.

Durante a construção do arco de alianças pró-Mauro, muito se falou da possibilidade dele ter no palanque mais de um candidato ao Senado, mas isso só seria possível se o PSB não formalizasse a adesão à chapa.

Vice-prefeitura

Serys afirmou que a decisão de disputar a vice-prefeitura é uma decisão exclusiva da filha, que tem autonomia para seguir seu projeto político. Ressaltou ainda, que uma composição com Botelho é possível, desde que haja interesse do grupo do presidente da ALMT em conversar com Natasha.

Dentro do PSB, o grupo majoritário já se articula para indicar um nome para a função, mas avalia que Natasha não tem se articulado internamente para conquistar tal indicação. Por isso, os nomes mais fortes são do secretário Allan Kardec (Ciência, Tecnologia e Inovação) e o empresário Elson Ramos.

“Botelho é um candidato interessante, tem outros que a gente nem sabe quem são ainda. Antes dela aceitar, é preciso que ela seja procurada, assim como os propósitos da candidatura que se interessar. Ela tem princípios muito claros, uma pessoa que, por mais que não tenha exercido nenhum cargo, é uma pessoa preparada”, disse Serys.

“A gente sente que a política está no sangue, então, tudo é possível. Mas depende dela e daqueles que, porventura, queiram buscar a possibilidade do potencial dela em disputar a eleição”, pontuou.