A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que o autor de um dos dois novos pedidos de cassação protocolados na Câmara de Cuiabá é membro do Movimento Brasil Livre (MBL) e está acostumado a perseguir pessoas. A declaração da parlamentar foi dada em entrevista ao Jornal da Cultura, da Rádio Cultura, nesta sexta-feira (1º).
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Na última terça, a Comissão de Ética da Casa leu dois novos requerimentos de abertura de investigação com pedido de cassação por quebra de decoro parlamentar contra a vereadora Edna Sampaio. Uma das representação contra a parlamentar é de autoria do advogado Juliano Rafael Teixeira Enamoto, servidor público da Câmara Municipal de Sapezal, a 500 km de Cuiabá.
Edna afirmou que Teixeira é ligado ao MBL, movimento político liberal e conservador. Disse também que ele tem o costume de perseguir pessoas e afirmou que ele é ligado ao partido Podemos, citando que a sigla é a mesma do vereador Dilemário Alencar, com quem Edna travou acalorados debates na Câmara de Cuiabá.
“Essa pessoa é um advogado ligado ao MBL, filiado ao Podemos, mesmo partido do vereador Dilemário. Ele já apresentou pedidos de cassação contra outras pessoas em outros lugares. É uma pessoa dedicada a perseguir pessoas”, disse a parlamentar.
Edna e seu advogado, Julier Sebastião, ainda não foram notificados dos novos pedidos protocolados na Casa. A exemplo do que fez na última sessão, a petista voltou a responsabilizar o presidente da Casa, vereador Chico 2000 (PL), por dar seguimento aos processos.
“Eu responsabilizo o Chico porque ele é o presidente. Cabe a ele a responsabilidade primeira de acolher as denúncias contra qualquer vereador. E não tendo fundamento ou impedimento legal, já de imediato mandar arquivar. O Chico não é qualquer pessoa. Ele é um advogado. Então não pode alegar que desconhece a possibilidade jurídica de acolhimento deste pedido”, disparou.
“Eu fui avisada por terceiros sobre o processo de cassação. Quando eu fui avisar sobre a reunião da Comissão de Ética, ela já tinha acontecido”, disse.
A vereadora criticou a procuradoria da Câmara, órgão responsável por dar um parecer orientativo ao presidente da Câmara sobre a legalidade ou não de pedidos de cassação. Segundo Edna, faltou análise profunda dos dois requerimentos protocolados pedindo a sua cassação.
“Mas nós vamos, assim que notificados, analisar e tomar uma iniciativa que possa fazer frente a esse absurdo que está acontecendo na Câmara. É desrespeitoso com a instituição Câmara Municipal de Cuiabá. Nós tivemos um ano inteiro de um processo de Cassação que foi um processo de violência contra a mulher, um espetáculo transmitido pela internet”, finalizou.