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Domingo, 28 de abril de 2024

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Janela partidária começa na próxima semana com parlamentares trocando de sigla e outros recalculando rota

Foto: Montagem/Olhar Direto

Janela partidária começa na próxima semana com parlamentares trocando de sigla e outros recalculando rota
O vereador de Cuiabá, Luis Cláudio, anunciou nesta semana que migrará nos próximos dias para um novo partido. A troca será do Partido Progressistas (PP) para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido do prefeito Emanuel Pinheiro, do qual ele é base na Câmara de Vereadores de Cuiabá. 


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Segundo Cláudio, o ato de filiação à nova legenda já tem data marcada: 11 de março, já dentro da chamada janela eleitoral - período de 30 dias em que ocupantes de cargos eletivos, obtidos em pleitos proporcionais, podem trocar de partido sem perder o mandato.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a janela beneficia somente as pessoas eleitas deputada e deputado (distrital, estadual e federal) ou vereadora e vereador que estão em fim de mandato. Como em 2024 somente os mandatos de vereador são os que estão prestes a terminar, a norma vale apenas para quem ocupa essa função atualmente.

Neste ano, a troca de legenda poderá acontecer de 7 de março a 5 de abril, data final do prazo de filiação exigido em lei para quem pretende concorrer às Eleições Municipais de 2024. 

Por isso, Cláudio estará apto a trocar de partido. No entanto, ele, que é suplente, vai perder a cadeira na Casa. Marcrean dos Santos (PP), que se licenciou de suas funções para assumir o comando da Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária, retorna ao mandato, seguindo a regra de descompatibilização de cargo público. 

A mudança já era esperada pelo fato de que Luís e Marcrean foram convidados a se retirarem do PP no ano passado, após o presidente da sigla no estado, deputado Paulo Araújo, romper com o prefeito Emanuel Pinheiro e afirmar que não queria nenhum progressista alinhado à atual gestão. 

O vereador Rogério Varanda, antigo aliado de Emanuel, vai fazer o caminho oposto ao de Luís e Marcrean. Após reclamar que o MDB contará com uma “chapa inchada” de vereadores, o parlamentar confirmou sua saída da sigla por não vislumbrar chance de reeleição. O destino provável é o Cidadania.  

Wilson Kero Kero será outro nome que aproveitará a janela partidária para trocar de casa. A troca será do Podemos pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB). Ele já havia comunicado sua decisão no ano passado, após ser retirado do comando da chapa municipal do partido. Ele sequer foi avisado à época. 

Excluído do diretório do Partido da Renovação Democrática (PRD) em Mato Grosso, o vereador Kássio Coelho também é um nome confirmado na dança das cadeiras. O parlamentar confirmou filiação no Podemos. Ao comunicar sua saída do PRD, o vereador destacou que em nenhum momento pediu para sair, mas sim foi excluído da diretoria por pessoas, segundo ele, completamente desconhecidas. 

Outros nomes, no entanto, ainda avaliam a possibilidade de mudança de Casa. Como é o caso dos vereadores Luiz Fernando e Dilemário Alencar, do Republicanos e Podemos, que são oposição a Emanuel Pinheiro. 

O União Brasil, partido do Governador Mauro e do pré-candidato à prefeitura de Cuiabá,  Eduardo Botelho, é o destino mais cotado para filiação da dupla. Eles, entretanto, ainda mantêm uma certa resistência a aderir à candidatura de Botelho. 

Esse distanciamento era notado em eventos do governo que contavam com a presença dos pré-candidatos à época, Eduardo Botelho, e do secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. Tanto Luiz Fernando quanto Dilemário reforçaram a preferência por Garcia em seus respectivos discursos.  

Agora, após a escolha de Mendes por Botelho, os parlamentares estão recalculando a rota. Dilemário, por exemplo, já disse que uma de suas avaliações para apoiar Botelho será o discurso e o distanciamento dele da gestão Emanuel. Contudo, ele não garantiu apoio ao pré-candidato do governador. 

Situação inversa também não está descartada, que é a saída da única parlamentar do União Brasil da Câmara de Cuiabá, a vereadora Michelly Alencar. Simpática à candidatura de Fabio Garcia, ela disse que espera ter uma conversa com o presidente da Assembleia para definir se irá apoiá-lo ou não no pleito de outubro. 

Michelly chegou a fazer falas questionando uma possível ligação de Botelho com o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Ela chegou a cobrar sobre supostos contratos de empresas da família do parlamentar com a prefeitura.

Com isso, a vereadora não descartou a possibilidade de deixar o União Brasil. “A janela começa 6 de março e vai a 6 de abril, então eu tenho o meu prazo e a gente está dialogando, eu acho que a política é feita de diálogo de todos os lados e eu sou uma vereadora aberta ao diálogo. Estou avaliando todas as possibilidades, mas eu sempre disse que não tenho intenção de sair do partido, estou avaliando tudo, mas provavelmente permaneço”.
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