O deputado estadual Júlio Campos (União) denunciou suposto esquema entre funcionários do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Várzea Grande com donos de caminhões-pipa, para, segundo Júlio, que em determinados bairros falte água.

Leia também
Moretti afirma que problemas de VG começaram quando ‘Seo Fiote’ foi eleito prefeito, há 72 anos

De acordo com o parlamentar, o esquema é fato “público e notório” da cidade. Ele questionou porque a Câmara de Vereadores e a prefeitura ainda não investigaram sobre o assunto.

“Lá tem grandes pessoas que tem três ou quatro caminhões de vender água, eles, por traz dos bastidores, cochicha no ouvido do funcionário do DAE encarregado de abrir o registro, 'oh, segura dois ou três dias e está aqui uma gorjetinha para você', para ele poder vender a água”, disse em entrevista ao programa Tribuna.

“Eu achei interessante a declaração de uma pessoa que no dia da inauguração [da Estação de Tratamento de Água do bairro do Pari], ela falou que essa inauguração não vale nada, enquanto estiver esses caminhãozeiros aí, enquanto a máfia existir, não tem jeito”, completou.

Várzea Grande enfrenta há anos problemas na distribuição de água. O problema histórico, na avaliação de Júlio, só vai ser resolvido quando houver a privatização dos serviços.

Ele comentou que além do esquema, os servidores do DAE estão insatisfeitos com a atual gestão, o que prejudica o trabalho e resulta na falta d’água para os moradores várzea-grandenses. Além disso, ele citou que a estrutura velha colabora para o caos que a cidade vive há décadas.

“A rede é velha, não dá conta, quando vai com muita força [a água] arrebenta o cano, quer dizer, o encanamento de Várzea Grande é da década de 80, 70 e a estação nova é muito forte, toda vez que sai com muita força, arrebenta, inclusive, esses dias atrás, estourou até o cano mestre. Teremos algumas crises, vai melhorar não só com está ETA que foi construída, como a que está reformando na 24 de Maio e da ETA do Bom Sucesso. Várzea Grande só vai ter uma melhoria de fato, resolver o problema ao privatizar o DAE, que não dá conta do recado, é um órgão ultrapassando, em termos de tecnologia, e tem a sabotagem interna”, frisou.