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Domingo, 28 de abril de 2024

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ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Advogado atuava como 'pombo-correio' do CV e fornecia a própria conta para lavagem de dinheiro, diz PJC

Foto: Reprodução/Polícia Civil

Advogado atuava como 'pombo-correio' do CV e fornecia a própria conta para lavagem de dinheiro, diz PJC
O relatório técnico de investigação da Polícia Civil sobre a Operação Gravatas aponta que o advogado Roberto Luis de Oliveira, de Sinop, usava de privilégios da profissão para gravar áudios com criminosos integrantes do Comando Vermelho, servindo assim, segundo a polícia, como intermediador na comunicação entre os faccionados e seus líderes. 


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Além disso, ele fornecia a própria conta bancária para lavagem de dinheiro da organização criminosa, como consta no documento. Capitaneados pelo jurista Roberto Luis de Oliveira, os advogados Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Morostica e Tallis Lara Evangelista integram, segundo as investigações, o “braço jurídico” do grupo, prestando serviços que beneficiavam os criminosos em troca de vantagens financeiras.

Segundo consta no documento, a Polícia Civil de Tapurah realizou a prisão em flagrante de E.H.S. por homicídio por dolo eventual, tendo em vista que ele realizou disparos de arma na porta de um bar/boate e, na ocasião, acertou o pescoço de uma mulher. 

Entretanto, segundo o estatuto do mundo do crime, a facção criminosa não autoriza que pessoas "de fora possam derramar sangue sem a autorização deles”. A partir desse momento, Roberto, mesmo sabendo das consequências perigosas envolvendo E.H.S., passa a levantar todas as informações do caso, desde o envio ilegal do boletim de ocorrência, bem como o acesso ao processo criminal. 

Além disso, descobre também em que lugar Eduardo está recluso, na Cadeira de Lucas do Rio Verdade. Roberto então visita o Centro de Detenção de Lucas do Rio Verde e se oferece para ser o "pombo-correio" do crime, isto é, ele pergunta se a liderança quer passar alguma mensagem para algum dos presos. 

Em outra ocasião, Roberto encaminha áudios que foram gravados de forma ilegal, isto é, dentro da cela da Delegacia de Tapurah, ocasião em que Hingritty Mingotti, ao entrevistar dois presos por tráfico ilícito de drogas, pede para os suspeitos gravarem áudios a respeito das circunstâncias da prisão de ambos. Logo após, infere-se que ela encaminhou as gravações para Roberto que, na sequência, encaminhou líder da facção criminosa.

Lavagem de dinheiro
 

Em outro trecho de diálogos interceptados, líder da facção pergunta se Roberto possui conta no banco Bradesco. O advogado responde prontamente e passa os dados da conta corrente que possui na citada instituição bancária. Em seguida, membro do CV realiza uma transferência no valor de R$ 5 mil. 

Na sequência, faccionado passa os dados de uma pessoa denominada D.D.A.S. para que Roberto transfira a quantia para esta pessoa. “Denota-se, portanto, que o Advogado cede a sua própria conta bancária para a lavagem de dinheiro da Organização Criminosa”, diz o relatório da polícia.

Para a polícia, é evidente que não se trata de honorários advocatícios.

Operação Gravatas

A Polícia Civil deflagrou, na última terça-feira (12), em Tapurah, a Operação Gravatas, para cumprir 16 ordens judiciais, em Cuiabá e Sinop, com objetivo de desarticular organização criminosa com a participação de advogados e de um policial militar. Ao todo, a PM cumpriu 8 mandados de prisão.

Capitaneados pelo jurista Roberto Luis de Oliveira, de Sinop, os advogados Hingritty Borges Mingotti, Jéssica Daiane Morostica e Tallis Lara Evangelista integram, segundo as investigações, o “braço jurídico” do grupo, prestando serviços que beneficiavam os criminosos em troca de vantagens financeiras.
 
 
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