O ex-deputado estadual Ulysses Moraes (Podemos) teve seu nome vetado pela cúpula nacional do partido ao qual ele é filiado para concorrer à Prefeitura de Cuiabá como vice-prefeito na chapa encabeçada pelo empresário Reginaldo Teixeira (Novo). Segundo o presidente do Novo em Cuiabá, Rafael Alvarez, a justificativa apresentada pela Podemos é a de que Ulysses não foi autorizado a formar chapa eleitoral e não avisou que estava concorrendo como vice. 

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"Havia por parte da [cúpula] nacional a possibilidade dele vir [disputar] a prefeito de Cuiabá, mas por ele ter ficado como vice na chapa e não avisar o partido. A justificativa é que ele não foi autorizado a formação de chapa eleitoral”, disse Alavez, em entrevista à Rádio Jovem Pan de Cuiabá, na manhã desta sexta-feira (22). 

“Segundo o relato é que eles não foram informados. Eu, sinceramente, acho frágil essa alegação, mas é que temos para hoje. Houve um fortalecimento muito grande do Novo com o Podemos e isso incomodou”, completou. 

Alvarez afirmou que esse veto do Podemos poderia ter partido de Abílio, pré-candidato a prefeito de Cuiabá, como uma tentativa de derrubar uma candidatura considerada da direita mais conservadora. Ele, porém, descartou essa hipótese. “A gente achou que pudesse ter sido o Abílio na tentativa de interferir em Brasília, mas não foi ele. Fica no imaginário quem é que foi. O tempo vai mostrar”.  

Na avaliação de Alvarez, o Podemos vetando o nome de Ulysses vai voltar à estaca zero, que é não ter nenhum candidato em composições majoritárias  e apenas fazer uma chapa para vereadores. “E pra ele, está ótimo desse jeito”. 

Ele afirmou que agora a briga do Novo vai ser para ter espaço na imprensa, para o Reginaldo aparecer mais e colocar seu nomes nas pesquisas  e no debate público. “Nós temos chances, sim, de incomodar”.