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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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OPERAÇÃO APITO FINAL

Mauro pede resposta contundente à infiltração de facções criminosas na política e diz: "extremamente grave"

02 Abr 2024 - 18:40

Da Redação - Rodrigo Costa / De Brasília - Max Aguiar

Foto: Rogério Florentino/Olhar Direto

Mauro pede resposta contundente à infiltração de facções criminosas na política e diz:
Nesta terça-feira (2), a Polícia Civil deflagrou a operação Apito Final e cumpriu 25 mandados de prisão contra integrantes da facção criminosa Comando Vermelho que, segundo as investigações, utilizavam times de futebol amador para se promover e também tinham pretensões de ter influência no mundo político, como afirmou o delegado Rafael Scatolon. Havia entre os presos ao menos dois pré-candidatos que objetivavam concorrer a uma cadeira de vereador em Cuiabá. 


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Em Brasília para tratar de assunto sobre obras no Portão do Inferno, o governador Mauro Mendes (UNIÃO) foi instado a comentar sobre a operação Apito Final da Polícia Civil.  Em sua resposta, o chefe do Paiaguás classificou como extremamente grave e perigosa a infiltração de facções criminosas na cena política e pediu uma resposta contundente das autoridades.  

"É muito perigoso, muito grave e vai demandar um olhar muito especial de todas as autoridades da segurança pública. Eu vou cobrar isso deles e vamos também querer que o Ministério Público Estadual (MPE), que todos os órgãos de controle, o Judiciário esteja atento a esse fato. Essa informação que ele [delegado] traz a público, ela é extremamente relevante e grave e vai precisar ter uma resposta de todas as autoridades constituídas”, disse ao Olhar Direto. 

O avanço das organizações criminosas, tanto no estado de Mato Grosso quanto no Brasil, tem sido um dos assuntos mais abordados pelo governador no tópico segurança pública. Além disso, Mauro atribui a problemática à lei penal brasileira que, segundo ele, está ultrapassada e precisa de reformulações. 

Ao Olhar Direto, ele afirmou ainda que a fala do delegado é a constatação de um processo de investigação e acrescentou que órgãos como o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) devem verificar, de forma minuciosa, o histórico desses supostos candidatos. 

“Se ele [delegado] falou, eu tenho absoluta convicção que esse é o retrato da realidade daquilo que encontrou nas investigações. É necessário que haja uma ampliação face a essas novas realidades e constatações do aspecto de verificação do currículo, do que faz e da profundidade que faz esses atores ligados a eventuais candidaturas”. 

Os candidatos e os presos

Jonas Cândido, advogado de Paulo Witer Farias Paelo (conhecido como W.T.), considerado tesoureiro do Comando Vermelho de Cuiabá, e o irmão do suspeito, identificado como Fagner Paelo, foram dois dos 25 presos nesta terça-feira (2), durante a Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro avaliado em R$ 66 milhões. Eles tinham planos de se candidatar a vereador nas eleições municipais deste ano.

A ação policial é um braço da Operação W.O., deflagrada na última sexta-feira (29), em Maceió (AL), pela Delegacia de Repressão ao Entorpecente (DRE). Na ocasião, além de W.T., foram presos: Alex Júnior Santos de Alencar, Andrew Nickolas Marques dos Santos e Tayrone Junior Fernandes de Souza, quando participavam de um jogo de futebol na cidade de Maceió. Por se tratar do líder da organização, os investigadores anteciparam a investida contra W.T. e deflagraram a operação na sexta-feira.
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