O letramento racial é o conjunto de práticas que se tornou cada vez mais importante na sociedade, especialmente entre aqueles que de alguma forma tem a função de representar a população num espaço de poder. A conscientização sobre a estrutura e do funcionamento do racismo é primordial até mesmo para evitar que agentes políticos passem vergonha, como a vereadora Michelly Alencar (União), que na sessão da Câmara de Cuiabá dessa quinta-feira (11), reclamou ter sido vítima do chamado “racismo reverso” – quando pessoas de grupos racialmente privilegiados tentam equiparar experiências de discriminação e preconceito com vivências de pessoas de grupos historicamente oprimidos. Ao justificar seu voto pela rejeição do pedido de abertura de comissão processante contra o presidente da Casa, Chico 2000 (PL), a vereadora disse que já foi questionada por criticar a autora do requerimento, Edna Sampaio (PT), que é negra. Tais apontamentos só teriam ocorrido pelo fato dela ser uma mulher branca. “Quantas vezes eu fui vítima por ser branca? Pelo fato de ser contra alguns posicionamentos, afirmarem que é por eu não entender por ser branca, que eu vou votar contra a vereadora (Edna) por ela ser negra?”, disse.
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