O deputado estadual Valdir Barranco (PT) somou-se à leva de políticos que têm criticado, de forma contundente, a posição dos cinco parlamentares de Mato Grosso em Brasília, que votaram a favor da soltura de Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), detido pela Polícia Federal sob acusação de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes, em 2018.  

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“É vergonhoso para o nosso estado”, disse o petista. Apesar da posição da bancada de Mato Grosso, a Câmara dos Deputados, manteve, por 277 votos favoráveis e 129 contrários, a prisão em flagrante de Brazão (sem partido-RJ). 

Dos votos contrários à manutenção da prisão, cinco foram de deputados federais bolsonaristas de Mato Grosso. Sendo eles: Abílio Júnior (PL), Amália Barros (PL), Coronel Assis (UNIÃO), Coronel Fernanda (PL), José Medeiros (PL). Contrários  à soltura: Emauelzinho (MDB), Gisela Simona (UNIÃO) e Juarez Costa (MDB).  

Citando a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro, Barranco afirmou que as autoridades utilizaram de todo o aparato científico para buscar provas e chegar aos mandantes no que chamou de caso de “repercussão internacional”. 

“E ainda deputados, de maneira muito triste, cinco do estado de Mato Grosso votaram para que essa prisão fosse interrompida e o mandante fosse solto. Graças a Deus que a maioria não pensa como eles e a prisão foi mantida. Mas é vergonhoso para o nosso Estado que dos oito parlamentares federais, cinco tenham votado e principalmente cinco que a todo momento clamam dizendo que bandido bom é bandido preso, bandido bom é bandido morto, mas desde que os bandidos não sejam dos seus quintais”, criticou. 

Além do deputado, é acusado de ser o mandante do crime o seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O processo passou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) porque ambos têm foro privilegiado.