O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos  (PSDB), garantiu nesta quarta-feira (30) que entregará em no máximo 60 dias, o projeto de um novo PCCS (Plano de Cargos Carreiras e Salários) para os médicos da capital. Além disso, ele ratificou o envio da proposta de lei em regime de urgência e sancioná-la o mais rápido possível.

“Em 72 horas que o projeto chegar em minhas mãos vou sancioná-lo. A procuradoria terá 48 horas para analisar e se não houver nenhum questionamento, inconstitucionalidade eu assino”, ratificou o prefeito.

De ânimos exaltados, o presidente do Sindimed (Sindicato dos Médicos), Luiz Carlos Alvarenga, e o diretor Edinaldo Lemos, exigiram garantias de que a proposta entraria em vigor no inicio de 2010, mas o prefeito esquivou-se e jogou a resonsabilidade da aprovação do projeto para a Câmara.

“Eu me comprometo aqui de enviar o projeto em até 60 dias e de já o enviar em regime de urgência. Mas não posso me comprometer por outro poder”, advertiu Wilson, após repetir várias vezes que os médicos poderiam e até deveriam pressionar a Câmara como fizeram com ele.

Também foi anunciada a flexibilização da portaria nº 16, da Secretaria de Saúde, que trata das formas de se suspender o premio saúde, um dos complementos da remuneração dos médicos. Entre as medidas já tomadas está a manutenção do complemento durante a licença maternidade. Contudo, outros quatro pontos desta protaria ainda devem ser discutidos.

Esta noite, os médicos realizarão uma assembléia geral para deliberar se irão manter a greve ou manter a paralisação. Também devem decidir sobre as demissões. O prefeito garantiu a existência de um plano ‘B’, afirmando que o Hospital Pronto Socorro de Cuiabá não ficará sem cirurgiões.

“Trabalhamos o mês inteiro com essa possibilidade e a população não será afetada. Garantimos o quadro completo dos cirurgiões do pronto socorro”, declarou.