Como uma forma de alento à sociedade cuiabana, a policlínica do Planalto foi re-inaugurada nesta sexta-feira (02), após passar por obras de reforma e ampliação. A entrega da unidade representa a possbilidade do desafogamento do HPSMC (Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá). 
 
O hospital passa por uma crise ímpar na história de Cuiabá: 20 dos 28 cirurgiões do box de emergência pediram demissão e, após cumprir o aviso prévio, já não compareceram ao plantão desta sexta-feira.

Cumprindo-se as ameaças dos médicos do movimento demissionário, o HPSMC amanheceu sem cirurgiões no box de emergência. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) recebeu a orientação de levar os pacientes mais graves para o Pronto Socorro de Várzea Grande. Os demais casos deveriam ter sido encaminhados para as policlínicas, como a que será inaugurada daqui a pouco.

Além da policlínica do Planalto, que será batizada de Dr. Clóvis Pitaluga ás 19h, a policlínica do Verdão deve ser entregue em breve, atendendo os pacientes menos graves, que antes eram encaminhados ao HPSMC. Dessa forma, o Pronto Socorro será responsável apenas pelo atendimento de traumas graves.

A estratégia já era maquinada pela Prefeitura de Cuiabá para não comprometer o atendimento durante a reforma do Pronto Socorro, marcada para começar no dia 13 de outubro. Contudo, o plano contava com o funcionamento dos boxes de emergência, que nas palavras do próprio prefeito Wilson Santos (PSDB), “são indispensáveis”.

Inclusive, Wilson Santos afirmou na quarta-feira (30), após uma rodada de negociações com os médicos, que a prefeitura trabalhou todo o mês de setembro com a possibilidade da demissão dos médicos. “Há um plano ‘B’”, afirmou o prefeito, na ocasião. Entretanto, ao fim da tarde de sexta-feira, tal medida ainda não foi anunciada.