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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

BATE-BOCA

Luiz Soares acusa vereador Lúdio de "se esconder atrás de mandato"

Mais uma reunião entre diversas autoridades e representantes do povo terminou sem uma solução para a celeuma na saúde da Grande Cuiabá. Na verdade, ao invés de proporcionar soluções para a crise, reuniões como à dessa segunda-feira (19), realizada na Câmara de vereadores de Cuiabá, voltou a ser palco de acusações e bate-boca. Dessa vez, protagonizadas pelo secretário de Saúde da capital, Luiz Soares, e o vereador Lúdio Cabral (PT). “Acuado”, após passar por uma sabatina feita pelo parlamentar, que também é médico, Soares acusou o petista de “se esconder atrás do mandato” e o chamou para atuar onde há carência de atendimento.


“O senhor (Lúdio), por favor, cumpra seu dever e vá trabalhar porque eu, sábado à noite, estava trabalhando. Por que o vereador, que é médico, não vai atender no PSF (Programa de Saúde da Família) do Sucuri, onde foi chamado? Porque o vereador não vai trabalhar no Pronto Socorro? Fica se escondendo atrás do mandato de vereador! Por que o senhor não aceita? O vereador também pode ser contratado!”, exclamou.

O ânimo do secretário se exaltou em decorrência do insistente questionamento sobre os prometidos funcionários da Masp, empresa privada contratada para suprir os cirurgiões demissionários do HPSMC (Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá), que passa simultaneamente a uma reforma do prédio.

Também sabatinado por Lúdio sobre a experiência da empresa, Luiz Soares repetiu o discurso sobre o Hospital da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, e de diversas cidades pequenas no mesmo estado. Irônico ao seu interrogador, o secretário ainda completou a fala com a deixa “deve ter alguma prefeitura do PT, têm bastantes por lá”.

Além disso, Soares insinuou que o CRM (Conselho Regional de Medicina) estaria dificultando a regularização da Masp em Mato Grosso. Segundo o secretário de Saúde da Capital, “há certa indisposição por parte da autarquia em dispor alguns documentos”.

Dessa vez, além dos vereadores da capital, os parlamentares de Várzea Grande, e o secretário de Estado de Saúde, Augustinho Mouro, também foram telespectadores dos cotidianos embates na Casa de Leis de Cuiabá.

Voz petista


Lúdio Cabral acusa a Masp de ter levado dois médicos recém formados e sem registro no CRM de Mato Grosso para trabalhar durante o sábado no HPSMC. Segundo o vereador, por não suportarem a pressão do trabalho, os funcionários da terceirizada abandonaram o plantão e deixaram o Pronto Socorro sem médicos.

Como prova da acusação, o petista levou o Boletim de Ocorrência registrado pelo membro da equipe Alfa 2 da Samu, Eduardo Moreira Scholer, que atestou a suspensão do serviço da unidade de atendimento móvel pela falta de médicos para atender serviços de urgência e emergência no HPSMC.

Segundo Lúdio, a contratação da empresa foi ilegal, pois não se pode contratar uma pessoa jurídica com fins lucrativos para trabalhar em uma unidade pública do município. O vereador petista assegurou que a Justiça será acionada para investigar e, eventualmente, punir a Prefeitura.

Deliberação

O único resultado prático da sessão conjunta, mesmo após horas a fio de discussões, foi agendar uma nova reunião, dessa vez com a presença do governador Blairo Maggi, às portas fechadas. O novo encontro deverá acontecer na quinta-feira, às 17h, na presidência da Câmara de Vereadores de Cuiabá.
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