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Sexta-feira, 17 de maio de 2024

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Contrapontos

Secretários de Saúde divergem entre si; Soares acusa médicos novamente

O secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Soares, afirmou em resposta a questionamentos de diversos vereadores da capital e do secretário de Estado de Saúde, Augustinho Mouro, que a culpa da falta de atendimento no HPSMC (Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá) é dos cirurgiões demissionários e não do plano de contingenciamento. Segundo ele, tudo estaria correndo bem caso os postos de trabalho estivessem todos completos.


“A grosso modo, se não houvesse demissão, só haveria diminuição nos atendimentos”, alegou Soares. “O problema é a falta de profissional no Pronto Socorro”, acrescentou, durante a sessão conjunta dos vereadores de Cuiabá e Várzea Grande nesta segunda-feira (19), após dizer repetidas vezes que a culpa é totalmente dos médicos.

Inclusive, Soares acusa os demissionários que acumulam empregos no SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) de terem causado confusão no sábado (17), encaminhando pacientes de trauma para o HPSMC, ao invés de seguir as orientações de levar para Várzea Grande.

Augustinho Mouro, no entanto, declarou acreditar que a confusão foi na verdade um mal entendido devido a um anúncio da Prefeitura de Cuiabá veiculado nos jornais impressos de que o Pronto Socorro da capital estaria funcionando normalmente mesmo no período de reforma. Soares argumentou que o anuncio tratava apenas do pronto atendimento, e não de traumas.

Inclusive, Mouro solicitou uma reunião com Soares e o diretor do HPSMC, Huark Correa, para deixar mais claro como funciona o plano de contingenciamento. O secretário municipal, em resposta, fez questão de mostrar os ofícios relatando as reuniões entre ambos, do início de outubro, quando este assunto foi abordado.

Contudo, quando questionado mais a fundo sobre a estratégia de contingenciamento dos pacientes, Soares disse que “o plano existe, mas ele não sabe explicar”. Em abordagem direta, o secretário apenas repetiu o discurso da reforma e duplicação de duas policlínicas, como também a parceria com Várzea Grande no que diz respeito ao atendimento de traumas graves.

Empurra para lá

Além da discussão a respeito do plano de contingenciamento, os secretários de Saúde do Estado e de Cuiabá travaram uma ‘discussão de cavalheiros’ a respeito das verbas destinadas pelo governo ao município. Segundo Augustinho Mouro, um valor de R$ 2,6 milhões é destinado como ajuda ao município sendo que R$ 1,3 milhão é para a locação de leitos de UTI’s (Unidades de Tratamento Intensivo ) particulares.

Por outro lado, Soares afirmou que a verba destinadas as UTI’s não pode ser considerado uma ajuda para Cuiabá, visto que 65% dos leitos são ocupados por pessoas vindas do interior. “O governo assegura esse serviço por meio da Secretaria Municipal, como uma barriga de aluguel”, concluiu o secretario de Cuiabá.
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