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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Familiares e autoridades dão último adeus ao ex-governador Garcia Neto

Foto: Alline Marques/OD

Familiares choram ao lado do cachão de Garcia Neto durante velório na capela Orquídias

Familiares choram ao lado do cachão de Garcia Neto durante velório na capela Orquídias

Qualidades não faltam quando se fala do ex-governador de Mato Grosso José Garcia Neto, falecido na manhã de ontem (20). Honestidade, lealdade, coragem, sinceridade, são algumas das palavras usadas para descrever o estadista. Autoridades e familiares se reuniram para dar o último adeus a Garcia Neto, enterrado por volta das 18h, no cemitério da Piedade, centro de Cuiabá.


Deixando as diferenças políticas de lado, políticos se uniram para prestar a última homenagem ao ex-governador e apresentar condolências à família, principalmente à esposa, Dona Lígia, com quem Garcia Neto foi casado por 63 anos. Inconsolável, a ex-primeira-dama era abraçada pelos netos e filhos que tentavam amenizar a dor sentida neste momento de perda.

No velório, realizado no complexo de Capelas Jardins, os netos soltaram gritos de agradecimento ao avô no momento em que o caixão foi fechado. No enterro, Garcia Neto recebeu todas as homenagens dignas de um grande estadista que foi e conseguiu ainda reunir quatro gerações de governadores: Blairo Maggi (de 2002 até os dias atuais), Jaime Campos (1991 a 1994), Júlio Campos (1983 a 1986) e Frederico Campos (1979 a 1982), seu sucessor no Palácio Paiaguás.

Ficou a encargo de Toco Palma, neto do ex-governador, falar em nome da família. Emocionado, ele agradeceu ao avô pelos ensinamentos e lembrou de seu amor pelos filhos e netos, além da paixão pelo Estado de Mato Grosso. Ele também enfatizou o amor de Garcia Neto por Dona Lígia, sua avó. “Vó, não posso deixar de agradecer a senhora, afinal vocês eram um e tenho certeza de que ele sempre estará com a senhora”, discursou.

O prefeito Wilson Santos (PSDB) agradeceu em nome de todos os cuiabanos pelas benfeitorias realizadas pelo ex-governador e ex-prefeito de Cuiabá. Elencou obras que levaram a assinatura do engenheiro Garcia Neto como a ponte Júlio Müller, o Cine Teatro, o Arquivo Público e a sede do Poder Judiciário, localizada na Avenida Getúlio Vargas.

Como bom historiador, Wilson Santos resumiu a história de Garcia Neto e relembrou do episódio que ficou conhecido como “ponte da discórdia”, em que ele enfrentou João Ponce de Arruda, então governador da época. Destacou que a vinda da Universidade  Federal de Mato Grosso (UFMT) para Cuiabá também foi pelo prestígio político de Garcia Neto que na época tinha um sul-mato-grossense no governo: Pedro Pedrossian.

“Na divisão do Estado, Garcia Neto ficou do lado de Mato Grosso e sempre defendeu a unidade territorial. Pagou caro por isso, porque na comunicação nem sempre é aquilo que se fala. Pagou caro, mas nunca abandonou Mato Grosso”, narrou.

As últimas palavras ficaram por conta do governador Blairo Maggi, que optou por ser mais ponderado nas palavras e apenas agradeceu Garcia Neto pela sua dedicação por Mato Grosso. “Obrigado e siga em paz! Porque um dia nos reencontraremos com certeza”, afirmou.
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