“A crônica da morte anunciada”. Assim, o deputado estadual Alexandre César descreveu o caos que se tornou o concurso público cancelado neste domingo (22), devido ao tumulto, falta de organização e indícios de fraudes que marcaram a realização das provas.

Crítico ferrenho do reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso, Taisir Karim, o parlamentar contou que desde o início demonstrou preocupação com a fragilidade da Unemat em tocar esse concurso, devido à complexidade das provas. “Nos propomos a discutir com outras entidades para firmar parcerias e ajudar na realização do concurso, porém foi uma posição derrotada”, explicou.

Alexandre César se preocupa ainda com as finanças da universidade, uma vez que 90% do orçamento está comprometido com o pagamento de salários e despesas da entidade, que se comprometeu em arcar com os R$ 5 milhões necessários para o pagamento das despesas das novas provas.

“O concurso foi dado para a Unemat justamente a fim de proporcionar uma fonte de renda para que a instituição possa melhor enfrentar a sua crise financeira, porém se foi tampar um buraco e abriram-se dois”, relatou indignado com a situação.

O deputado fez questão de ressaltar que os servidores e professores não foram responsáveis pela falência da universidade. Isso porque uma das alegações do reitor para a falta de recursos para investimento seria em função da aprovação do Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) no ano passado.

“A crise financeira não foi criada pelos professores e sim pela atual gestão que deixou de realizar ações para atender solicitações políticas”, criticou.