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Domingo, 19 de maio de 2024

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CRise sem fim

Grevistas sitiam Fórum e pedem saída de Mariano Travassos do TJ

Foto: Lucas Bólico

Servidores bloqueiam entrada do Fórum de Cuiabá

Servidores bloqueiam entrada do Fórum de Cuiabá

Os servidores grevistas do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ) começaram a jogar uma espécie de "tudo ou nada” no sentido de garantir o recebimento integral de seus vencimentos. No começo da tarde desta quinta-feira (26), servidores decidiram "sitiar" o Fórum da Capital e reivindicaram intervenção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que o desembargador Mariano Travassos seja afastado da presidência do Poder Judiciário. A manifestação é pacífica e está sendo acompanhada pela Polícia Militar.  


“O direito de ir e vir é constitucional. Mas se o presidente do TJ [Travassos] não cumpre os direitos dos servidores então vamos botar fogo na Constituição e começar tudo de novo”, sugeriu o presidente o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário (Sinjusmat), Rosenwal Rodrigues.

Assegurando que os servidores estão dispostos a "ir ao embate e jogar pelo tudo ou nada", Rodrigues disparou: “O Judiciário está chegando ao caos. Tivemos que radicalizar. Só estamos deixando magistrados e promotores entrarem no Fórum hoje. Estamos insatisfeitos com o presidente do TJ, e ele precisa perceber que não é o dono do mundo”.





Alternando gritos de "fora Travassos, fora Travassos!" e "servidores unidos jamais serão vencidos", os manifestantes continuam irredutíveis. "Já houve duas rodadas de negociação e o presidente continua afirmando que depende da CNJ para realizar os pagamentos. Isso é mentira!", disse uma servidora que preferiu não se identificar.

O bloqueio em frente ao Fórum é mais uma decorrência da insatisfação dos servidores em relação à gestão de Travassos. A tônica do conflito foi a negativa do desembargador em pagar a correção da troca de moeda do URV (Unidade Real de Valor) para o Real.
 
"Queremos apenas que ele cumpra com os seus compromissos. Não aceitamos mais desculpas para o não-pagamento de licença-prêmio, plantão de funcionários e principalmente da diferença salarial da URV, que já foi aprovada pelo Tribunal Pleno do TJ. Chega de desculpas! Queremos que o CNJ intervenha!", esbravejou o presidente da Sinjusmat.

O advogado Daniel Romeiro veio de Brasília para participar de uma audiência no Fórum de Cuiabá e lamentou a forma radical da manifestação. "Acho que a greve é justa, mas deveriam ponderar em casos de urgência. Não precisa cooperar, mas também não precisam atrapalhar quem quer trabalhar", alfinetou. 

O jurista voltará para casa hoje porque já tem a passagem comprada e antecipou que irá peticionar documento declarando que foi impedido de entrar no Fórum. Ele acredita que a manifestação não causará danos maiores ao processo que coordena. "Não acredito que tenham realizado a audiência sem minha presença, pois isso configuraria nulidade. Com o protesto o processo só irá demorar um pouco mais", disse.

Dos 5.500 servidores do Judiciário em Mato Grosso, 95% estão paralisados desde o dia 16 de novembro. O movimento grevista não tem previsão para retornar às atividades normais. A assessoria do TJ informou que irá emitir uma nota ainda nesta quinta-feira.




Matéria atualizada às 16h25/

Segunda atualização às 21h21

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