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Quinta-feira, 02 de maio de 2024

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Predador

Ataques de onças estão preocupando fazendeiros de MT

Histórias semelhantes aos causos contados na zona rural estão preocupando de verdade fazendeiros da região do Brilhante, próximo a Jaciara (144 km da capital). Habitantes locais contabilizam pelo menos 50 ataques de onça a bovinos e ovinos no entorno. Na madrugada de segunda-feira (7), foram mortos sete carneiros e feridos outros dois em uma única propriedade. Não se sabe a espécie do animal nem o motivo dos ataques.


“Estamos de mãos atadas, com medo, sem saber o que fazer. Sabemos que não podemos matar as onças, mas estamos tendo muitos prejuízos. Além disso, depois das 18h ninguém quer sair de casa”,  declarou o proprietário da chácara Recanto Brilhante, Roberto Paulino Lopes, criador dos carneiros mortos.

A veterinária de Jaciara Priscila Marcidelli esteve no local do último ataque e solicita ajuda das autoridades para resolver o incidente. “Não queremos um final trágico, estamos preocupados com a preservação desses animais, queremos alertar as autoridades para que alguma atitude seja tomada o mais rápido possível”.

Os fazendeiros e o Ibama ainda não chegaram a um consenso de ação. Lopes afirmou que procurou o Instituto mas não obteve resposta. Do outro lado, o diretor do Núcleo de Fauna e Recursos Pesqueiros do Ibama, César Esteves Soares, disse que o órgão não foi acionado sobre os episódios. 

Soares prefere não fazer nenhum diagnóstico prematuro da situação antes de realizar uma visita in loco à região. Mesmo assim, aponta a possibilidade de a onça ser fêmea e estar ensinado os filhotes a caçar. “Imagine um gato dentro de uma sala cheia de passarinhos ensinando os filhotes a predar. Ele vai matar o máximo de passarinhos que conseguir. Isso pode ter ocorrido entre os carneiros. A onça vai atacar tudo que se move até eliminar todos os animais por perto".

Sobre relatos de moradores da região de que as onçar estariam se alimentando apenas de vísceras, o diretor argumenta que na realidade o comportamento é comum dos felinos: comer primeiro as vísceras e poupar a carcaça principal para ingerir gradativamente.

Segundo Soares, o estudo in loco para a realização do diagnóstico dura em média dois dias e pode ser feito apenas mediante solicitação formal ao Ibama. É necessário o encaminhamento de uma carta por escrito narrando o histórico dos ataques e detalhando a situação da região. Deve-se anexar ao documento um croqui indicando a localização das propriedades, bem como a disponibilização de contatos.

Entre as recomendações decorrentes do diagnóstico, o diretor cita arrebanhamento do gado, instalação de lâmpadas e até som no campo, ou a eventual captura dos felinos. O estudo  inclui análise de pegadas e comportamento dos felinos e instalação de armadilha fotográfica.
Conforme Soares, ataques frequentes de onças ocorrem em regiões próximas a Poconé, Santo Antônio, Barão de Melgaço, Cáceres e Rondonópolis. Ataques a seres humanos não são comuns, tranquiliza.
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