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Sábado, 25 de maio de 2024

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Escândalos

Membros do TJMT temem julgamento político no CNJ

Membros do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ/MT) temem que o julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), previsto para a próxima terça-feira (23), que poderá afastar três desembargadores e sete juízes do Judiciário mato-grossense, acusados de fazer parte do “Escândalo da Maçonaria”, tenha cunho político ou sofra interferência externa.


A especulação fundamenta-se no fato de os magistrados envolvidos no escândalo, iminentes de serem aposentados compulsoriamente, terem sido vistos em encontros com líderes políticos em Brasília.

A informação é que integrantes do grupo investigado pelo CNJ se reuniram com vários figurões da República na capital federal. O fato tem gerado insegurança quanto ao resultado da votação do dia 23.

Outra constatação que levanta dúvidas sobre a imparcialidade do julgamento é o fato de personalidades politicamente influentes como o senador Jaime Campos (DEM) e o ex-governador Rogério Sales terem participado da “operação de socorro à Maçonaria”.

O escândalo da Maçonaria revelou a suposta atuação de magistrados no que foi considerado pela Corregedoria Geral do TJ como “operação de socorro” à loja Grande Oriente.

O procedimento investigatório criminal instaurado internamente no Tribunal apontou indícios de uso da máquina administrativa para auxiliar a Ordem financeiramente; pagamentos em duplicidade de verbas a alguns magistrado; concessão de benefícios e créditos salariais, sem amparo da lei, a um restrito grupo de magistrados.

Consta do relatório de investigação que o esquema funcionara por meio do pagamento de supostos créditos salariais, cerca de R$ 1,5 milhão, a alguns magistrados. Após o recebimento, os valores eram repassados a membros da Maçonaria por meio de empréstimos.

A denúncia protocolada no CNJ apurou que o “socorro” deu-se depois que presidente do TJ na época, grão-mestre da loja maçônica, desembargador José Ferreira Leite, passou a "incentivar" seus “irmãos” a investir em uma cooperativa de crédito maçônica que ainda seria criada.

Entretanto, o Banco Central (BC) exige que para passar a atuar no mercado financeiro, uma nova cooperativa deve manter um convênio com outra cooperativa já existente. Para isso, um pacto junto à Cooperativa de Crédito Poconé-Sicoob Pantanal, de Poconé (MT), foi concretizado. Curiosamente, a Sicoob também era administrada por maçons. 

Depois que vários “irmãos” optaram por depositar seus dinheiro na cooperativa ao invés dos bancos convencionais, a Sicoob "quebrou", sendo descredenciada pelo BC. A manobra teria sido realizada pelo ex-contador da Sicoob, Nei Arruda.

Conforme supõe o processo investigativo interno, os empréstimos dos magistrados tiveram por fim fazer com que os maçons que apostaram na Cooperativa pudessem reaver os investimentos perdidos.

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