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Domingo, 05 de maio de 2024

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Princípio de rebelião é contornado na Cadeia Pública

Um princípio de rebelião foi registrado nesta quarta-feira (3) na ala feminina da Cadeia Pública de Rondonópolis. Desde o início da manhã, cerca de 90 reeducandas se manifestaram principalmente contra a mudança na direção da unidade, ocorrida no dia 1º de março.


Uma mulher foi nomeada para o cargo e o ex-diretor, Edson Martins, deixou a unidade. De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), a mudança na direção se deu por força da lei, a qual prevê que uma unidade prisional com mulheres presas deve ser dirigida por uma mulher.

Segundo Sandra Raquel Mendes, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, além de reivindicarem a permanência do ex-diretor e a reforma da unidade as reeducandas também se mostraram revoltadas porque entenderam que a presidente não estaria mais a frente da entidade.

“Elas se sentiram desprotegidas”, falou. Sandra Raquel foi exonerada do cargo que ocupava na Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Lazer, no entanto, sua saída do staff em nada interfere no trabalho do conselho. Também como forma de protesto, as reeducandas não aceitaram o almoço no horário previsto e só se alimentaram no final da tarde.

O Batalhão de Operações Especiais e a Força Tática da Polícia Militar estiveram no local durante a tarde para manter a ordem. O juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca de Rondonópolis, Wladimir Perry, também esteve na unidade.

De acordo com Sandra, que falou com o secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado, uma equipe da Gestão Penitenciária estará em Rondonópolis nesta quinta-feira (4) para debater a situação das presas, que também reivindicam a transferência de todos os reeducandos para o novo anexo do presídio da Mata Grande, tornando a unidade apenas feminina.

Problemas em série

Parte do sistema prisional do município tem enfrentado sérios problemas desde o ano passado. Em dezembro, agentes prisionais da Cadeia Pública evitaram uma fuga em massa de pelo menos 40 presos sob custódia do Estado, ao descobrirem um túnel que estava sendo escavado nas celas da área reservada ao convívio dos detentos.

Após a descoberta do tatu, como é conhecido o túnel na gíria dos presos, o juiz Wladimir Perry, determinou a imediata remoção de 44 reeducandos para o novo anexo da Mata Grande. No entanto, a nova unidade foi parcialmente destruída na primeira tentativa de transferência de presos, que se revoltaram quando ficaram sabendo que no local não havia qualquer tipo de instalação elétrica para a utilização de aparelhos eletrônicos.

De acordo com reportagem do jornal A Tribuna na época, os presos destruíram triliches, portas e grades. Desde então, nem a Sejusp, nem a direção do local, se manifestaram sobre a real situação do anexo que custou R$ 3.852.000,00.
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