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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Tumultos marcam coletiva de premiê italiano Silvio Berlusconi

A coletiva de imprensa concedida pelo premiê italiano, Silvio Berlusconi --na qual ele atribuiu a "um grande erro" do Departamento Eleitoral de Roma os problemas com as listas do Povo da Liberdade (PDL) para as eleições da região de Lazio neste mês-- foi marcada por tumultos.


A coletiva tinha o objetivo de abordar os próximos passos do partido governista após a decisão anunciada ontem pelo Departamento Eleitoral de Roma, que reiterou sua posição anterior, de não aceitar a lista do PDL.

Mesmo com o decreto-lei firmado na última semana pelo presidente italiano, Giorgio Napolitano, que permitiria aos governistas voltarem às disputas nas regiões em que suas listas não foram aceitas por irregularidades -- Lombardia e Lazio --, a decisão final acabou ficando nas mãos das próprias regiões, que possuem autonomia, segundo determina a Constituição do país.

Antes do anúncio de Roma, o Tribunal Administrativo Regional (TAR) de Lazio já havia declarado a norma inaplicável, consequentemente invalidando a participação do partido. Na Lombardia, o candidato do PDL, Roberto Formigoni, continua na disputa.

Hoje, enquanto falava, Berlusconi foi interrompido por três vezes por um homem identificado como Rocco Carlomagno, que disse ser um jornalista freelancer. Logo após ter se pronunciado pela primeira vez, o jornalista foi chamado de "mal-educado" pelo premiê, já que "não era a sua vez" de perguntar. Ele também foi notificado de que "não tinha o direito de intervir".

O homem, porém, tentou falar outras duas vezes e parou após ser "intimidado" pelo ministro da Defesa, Ignazio La Russa, que também foi acusado de agredi-lo. "Me chamo Rocco Carlomagno e processarei o ministro por agressão", disse o jornalista, que não estava inscrito no correspondente colegiado italiano.

"Quando La Russa se deu conta que [eu] iria fazer perguntas diferentes das que foram preparadas, tentou calar a minha boca, veio rapidamente sentar-se perto de mim para impedir-me de falar", relatou Carlomagno.

"Muitos colegas viram e filmaram [o que ocorreu]: fiz uma pergunta sobre um decreto inconstitucional do governo e La Russa se aproximou e me deu dois socos", declarou. O jornalista referiu-se ao termo firmado por Napolitano e que é também criticado pela oposição, sob o argumento de violar a Constituição.

Grande erro

Ao falar da cidade e da Província de Roma, Berlusconi considerou que "foi um grande erro da parte dos serviços de registro, que não realizaram o cadastro da lista do PDL".

Retomando a primeira rejeição à inscrição do partido, o chefe de governo disse que fora "violada a lei que garante" as inscrições, "porque os nossos delegados estavam no departamento eleitoral dentro do horário estabelecido".

"Devemos fazer prevalecer as razões políticas, os cidadãos estão cansados das polêmicas destes documentos oficiais", afirmou o premiê, ressaltando que seu partido vencerá as eleições, mesmo se for "penalizado".

As votações, que acontecem em 13 das 20 regiões do país, serão realizadas nos próximos dias 28 e 29.
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