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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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Governador interino pede que festa de 50 anos de Brasília não tenha "conotação política"

O governador interino do Distrito Federal, Wilson Lima (PR), reuniu o secretariado nesta quarta-feira para minimizar os efeitos da crise política na festa de 50 anos da capital federal no dia 21 de abril. Ele recomendou que a comemoração não tenha "conotação política" e afirmou que os custos para o cofres do GDF (Governo do Distrito Federal) podem ser reduzidos porque artistas estão procurando autoridades responsáveis pelo evento e oferecendo a participação por cachês mais baratos ou pagos por patrocinadores.


Leia íntegra do discurso do governador interino do DF

No encontro, Lima pediu que todos os políticos assumam postura de anônimos. "Temos que partir de um pressuposto básico: Brasília está acima de qualquer crise, por maior que ela seja. Vamos fazer uma festa com simplicidade, com orçamento reduzido, mas queremos que ela seja motivo de orgulho para o seu povo, principalmente neste momento tão difícil da política local. E, nós políticos, inclusive o governador, secretários, administradores, presidentes de empresas, gestores de projeto, todos nós, não teremos espaço especial em nenhuma comemoração. Não teremos camarote, sala Vip, nada disso. Estaremos no meio do povo, anonimamente", disse.

A previsão de gastos do GDF ainda é de R$ 10 milhões para a festa, mas pode cair para R$ 7 milhões segundo o presidente da BrasíliaTur, João Oliveira. Essa seria a terceira programação de despesa para o evento, que começou inicialmente com R$ 20 milhões, mas que foi reduzida porque não conseguir viabilizar shows internacionais como Paul McCartney, Shakira, U2 ou Madonna.

As atrações estrangeiras eram anunciadas pelo governador afastado e preso, José Roberto Arruda (sem partido), e o ex-vice-governador Paulo Octávio (sem partido), que organizava a comemoração, deixou o cargo por causa da pressão das denúncias do esquema de corrupção.

Segundo o secretário Silvestre Gorgulho (Cultura), a festa não perde o brilho, mas não terá ligações políticas. "O governador não quer político na festa. Não quer que a festa tenha conotação política, quer uma festa para Brasília, para o brasiliense", disse.

O presidente da BrasíliaTur afirmou ainda que há uma pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) mostrando que o brasiliense não rejeita a comemoração dos 50 anos da cidade por causa da prisão do governador. "Há uma pesquisa mostrando que 98% dos entrevistados aceitaram e querem a festa", afirmou.

Logo que assumiu o governo, o governador interino se reuniu com a organização do evento. Segundo interlocutores, chegou-se a cogitar a não realização da festa para evitar mais desgaste no governo, que corre risco de sofrer um intervenção federal.

O medo era de que a opinião pública criticasse a realização de uma festa em meio a tantos escândalos. Entretanto, acabou decidido que o evento seria mantido, só que com restrições ao plano inicial.

Menina dos olhos da gestão Arruda, a festa era vendida desde o início do governo como motor para a economia local e vitrine do governo em ano eleitoral.

Uma das novas atrações prometidas para a festa seria a cantora Daniela Mercury, que viria a Brasília com o show custeado por patrocinadores. A cantora de Axé ficou ainda de negociar a presença de outros artistas como a cantora Claudia Leite, Zélia Duncan e Dinho da banda Capital Inicial.

Outra novidade é o desfile de personagens da Disney, oferecido pela Nestlé. Até agora, os únicos artistas confirmados são os Paralamas do Sucesso, NX Zero, a dupla sertaneja Bruno e Marrone, além de bandas locais.
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