O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, criticou em Cuiabá, a retirada do convívio da população com os policias ao colocá-los em viaturas. Ele afirma que com a polícia nos carros tem-se apenas a impressão de proteção, já que os policias ficam girando pelos bairros, sem manter contato direto com a comunidade.

Balestreri afirma que antes de assumir a pasta, 37% da verba de segurança pública era investidos na compra de viaturas, contrapondo os apenas 3,5% na formação de policiais. Atualmente em sua gestão, 60% da verba é aplicada na educação de segurança, sendo o maior investimento na área do planeta.

De acordo com o secretário, a necessidade de investimento na segurança tem de ser prioridade, uma vez que ela serve de base para a melhoria em outras áreas. “Um país que não tem segurança pública não se desenvolve”, completou “ Não há empreendedorismo popular nem educação sem o bem estar da população”.

No Brasil, 700 mil pessoas trabalham na segurança privada e apenas 600 mil na segurança pública, deixando grandes áreas da comunidade à disponibilidade da tomada de violência.

Quanto à justificativa da alta violência pela falta de efetivo policial, Balestreri afirma que isso é falta de estudo. Na sua visão, o problema pode ser resolvido com o incentivo de segurança comunitária, procedimento já utilizado em países. “Em Detroit, durante uma crise, o governo teve local ficou sem dinheiro para efetivo policial e então instituíuram a segurança comunitária que salvou a cidade de uma convulsão social”, explicou.