O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta quinta-feira (11) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai discutir com cada um dos ministros do partido que disputarão as eleições as substituições nas pastas. A decisão foi tomada em um almoço nesta tarde de Jucá, Lula e os presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e da Câmara, Michel Temer (SP), que também preside o PMDB.

Os ministros que desejam disputar a eleição de outubro precisam deixar os cargos até o início do mês de abril. Quatro dos seis ministros peemedebistas devem sair da Esplanada: Hélio Costa (Comunicações); Geddel Vieira Lima (Integração Nacional); Edison Lobão (Minas e Energia); e Reinhold Stephanes (Agricultura). Devem continuar em seus lugares apenas José Gomes Temporão (Saúde) e Nelson Jobim (Defesa).



Segundo Jucá, a lógica da substituição está na continuidade das gestões, mas não está fechado ainda o modelo de posse imediata dos secretários-executivos. “O presidente vai conversar com cada um dos ministros e decidir como será a substituição, se pelos secretários-executivos ou por outro meio. O que está definido é que o modelo será de continuidade e de manter os espaços do partido."

De acordo com o líder do governo, ficou acertado também que, até o final do mês, PT e PMDB devem definir as questões de alianças nos estados e regras de convivência onde houver divergência. A cúpula peemedebista, deverá, em paralelo, ter reuniões semanais com Lula. Tudo isso dentro do pré-acordo de apoio do PMDB à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).

Jucá apontou que há situações definidas de confronto nos estados da Bahia, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Sul. Ele diz esperar um acordo em Minas Gerais e evolução nas conversas no Ceará e no Pará. “Onde der para fazer a aliança, ótimo. Onde não der, nós vamos fechar regras de convivência e da presença da ministra Dilma e do presidente Lula na campanha."