O PMDB deve finalizar até o dia 8 de maio o plano de governo para as próximas eleições. Após reunião de cúpula hoje (18), na Câmara dos Deputados, os principais nomes do partido disseram que o texto será apresentado ao PT em caso de confirmação da aliança para a próxima campanha presidencial.

"O PMDB não vai aceitar prato feito nem vai brigar. Vai fazer eventualmente uma coligação, vai fazer uma coalizão. E você só faz coalizão dialogando. Para isso, precisamos ter um plano de governo”, explicou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer.

Segundo ele, no texto o partido não se “furtará” a entrar em temas espinhosos como aborto. “Não vamos nos furtar a uma certa ousadia. Mas é lógico que a ousadia estará amalgamada com a ideia da moderação. Mas ainda não há pontos definidos, nós vamos defini-los pouco a pouco até o dia 8 de maio”, afirmou Temer.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, participou da reunião e deverá fazer contribuições sobre a política econômica no plano. Segundo Meireles, não houve qualquer discussão sobre um possível afastamento dele do BC para concorrer nas próximas eleições, nem sobre o nome que será indicado pelo partido para a vice-presidência na chapa da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Nós não discutimos esse assunto, eu estou totalmente focado no Banco Central.”

Outro ministro que participou da reunião foi o da Defesa, Nelson Jobim. Ao sair ele comentou a compra dos caças e negou ter recebido qualquer relatório contrário à compra dos aviões franceses por parte das Forças Armadas. “Houve uma posição da aeronáutica dizendo que os três caças atendem às suas necessidades”, finalizou Jobim