O Ministério Público do Estado de Mato Grosso intimou Mônica Marchett Charafeddine a comparecer nesta quinta-feira (25) na Polícia Federal de Rondonópolis. O objetivo é a coleta de sua assinatura para possíveis comparações com outras assinaturas já registradas. Ela é acusada de ser mandante do crime contra os irmãos Brandão de Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo.

O documento será periciado pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, em conjunto com peritos de Rondonópolis e da capital federal. O procedimento já foi realizado outras vezes pela Polícia Civil e de forma particular. Este último foi determinado pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis, Hugo José Freitas da Silva em junho do ano passado. O intuito da perícia é confirmar, ou não, se a assinatura no documento de transferência do veículo Gol é de Mônica.

Ela foi acusada pelo ex-cabo da Polícia Militar de Mato Grosso, Hércules de Araújo Agostinho, réu confesso dos assassinatos dos irmãos Brandão de Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, de ter assinado a transferência do automóvel como parte do pagamento pelos crimes a Célio Alves de Souza, ex-soldado da PM/MT, apontado por Hércules como co-autor dos homicídios.

De acordo com uma fonte da Polícia Federal, a coleta variada de material é importante para uma análise mais precisa. O advogado de Mônica Marchett tentou, através de uma petição, anular o procedimento, mas o recurso foi negado. A decisão foi comunicada para o advogado da acusada no último dia 5 de março.

Em 2003, Mônica, seu pai Sérgio Marchett, o advogado Ildo Roque Guareschi e os ex-militares Hércules, Célio e Marcos Divino Teixeira da Silva, já falecido, foram denunciados pelo Ministério Público e duplamente qualificados como mandantes dos dois assassinatos, considerados de motivos fúteis e através de meios que dificultaram a defesa. Guareschi recorreu da decisão e aguarda julgamento do recurso.