O senador Mário Couto (PSDB/PA), num discurso enfurecido contra a governadora Ana Júlia Carepa (PT), a quem acusou de ser incapaz de governar o Estado do Pará, aproveitou a oportunidade para também atacar o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraeetrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot, que entrou com uma queixa-crime contra na justiça contra o parlamentar.
“O Pagot tentou me processar quatro vezes porque falei nesta tribuna que ele é corrupto. Mas não sou eu quem está falando, é o Tribunal de Contas da União”, disse Mário Couto em relação à tentativa de Pagot de calar as denúncias que faz reiteradamente da tribuna do Senado.
Os ataques a Pagot foram um desabafo, porque na última quinta-feira (8.4) o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou, por unanimidade, entendimento firmado em 25 de novembro passado de que o senador Mário Couto fez uso da prerrogativa de imunidade parlamentar ao acusar Pagot de corrupção.
Indignado por não conseguir aprovar a criação da CPI do DNIT, o senador paraense subiu à tribuna do Senado no dia 25 de março deste ano e proferiu um ácido discurso contra Pagot:.
No dia seguinte, dia 26, ainda lamentando a não criação da CPI do Dnit, Couto avisou: “Não vão me calar, Pagot. Tu vais ter de me aturar, Pagot! Não é nada contra ti, não, Pagot, é contra a tua administração, é contra a falta de respeito que tu tens pela Nação brasileira.”, ressaltou o senador. Pagot acusava o senador no STF de injúria e calúnia, ofensa a sua honra.