O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira durante a primeira sessão plenária da Cúpula de Segurança Nacional que acontece em Washington (EUA) que a próxima reunião ocorrerá na Coreia do Sul em 2012.
"Estou feliz em anunciar que o presidente Lee [Myung Bak] concordou em realizar a próxima cúpula nuclear na Coreia do Sul em dois anos", disse Obama durante a primeira sessão.
Lee afirmou que "fará todo o possível para que a reunião seja um êxito". "Nos veremos todos na Coreia", disse aos representantes de 47 países que assistem ao evento em Washington.
No entanto, o líder sul-coreano disse que o presidente da Coreia do Norte, Kim Jong Il, não será convidado caso não deixe de lado suas ambições para obter armas nucleares. Ele voltou a pedir que o país retorne às negociações sobre a suspensão de seu programa nuclear.
"Espero sinceramente que, neste ano e no ano que vem, a Coreia do Norte demonstre seu compromisso para retornar às negociações entre seis partes", disse Lee. Se nós obtivermos resultados substanciais por meio do diálogo pacífico, então é claro que ficaremos satisfeitos se a Coreia do Norte participar de reuniões subsequentes, e esperamos que isso aconteça".
Segundo ele, a segurança nuclear é "crucial" para seu país devido a seu vizinho no norte. "Esse tema tem significado e importância particular para a Coreia, um país que sempre esteve exposto aos perigos da proliferação nuclear", disse Lee durante a reunião nos EUA.
As ambições nucleares norte-coreanas impediram a participação do país na reunião em Washington. A Coreia do Norte aponta o fato de os EUA manterem 28 mil soldados destacados na Coreia do Sul como a principal razão para a construição de uma arma nuclear.
Os EUA e outras potências regionais tentam convencer a Coreia do Norte a retornar às conversas sobre o desarmamento nuclear, que o país abandonou no ano passado.
AS relações entre as duas Coreias deterioraram depois que o governo conservador de Lee assumiu o poder, em 2008, com a promessa de endurecer a postura em relação ao vizinho.
No entanto, Pyongyang tenta dialogar com Washington e Seul desde o ano passado, no que pode ser resultado das sanções adotadas pela ONU devido à realização de testes nucleares.