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Terça-feira, 21 de maio de 2024

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EUA e Rússia assinam acordo para reduzir estoques de plutônio

Os EUA e a Rússia assinaram, nesta terça-feira, um acordo para se desfazer de toneladas de plutônio separado, um sinal do aumento da cooperação entre os dois inimigos da Guerra Fria em busca do objetivo comum de conter a proliferação nuclear.


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A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, e o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, assinaram o acordo que exige que os dois lados descartem 34 toneladas métricas de plutônio, queimando-as em reatores nucleares.

Lavrov disse que a Rússia gastará cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 4,4 bilhões) no programa, enquanto os EUA contribuirão com cerca de US$ 400 milhões (R$ 705 milhões) para ajudar a destruir o material permanentemente.

"Esse material todo é suficiente para quase 17 mil armas nucleares e nós instalaremos a estrutura e infraestruturas necessárias para se desfazer de ainda mais plutônio de programas de defesa no futuro", disse Hillary.

Nenhum dos lados disse quanto tempo a destruição levará, ou forneceu dados percentuais do total do seu estoque de plutônio está incluído no acordo.

A declaração foi feita na cerimônia de assinatura do acordo, durante a reunião de cúpula de segurança nuclear global presidida pelo presidente Barack Obama, em Washington.

Reciclagem de plutônio

O plutônio pode ser reciclado ao ser misturado a outros materiais para fazer combustível nuclear para reatores civis, conhecidos como MOX. França, Reino Unido, Rússia, Índia e Japão são alguns dos países que produzem combustível MOX, sendo que a empresa francesa Areva é um dos principais fornecedores e uma provável beneficiária do novo acordo entre EUA e Rússia.

Ambientalistas e outros críticos não gostam da produção do combustível MOX, porque ele depende do transporte de combustível nuclear gasto e de plutônio altamente tóxico, deixando o material nuclear vulnerável à perdas ou roubo.

O contrato implementa um acordo fechado em 2000, mas que ainda não havia sido posto em prática devido a atrasos de ambas as partes.

Lavrov disse que ele seria transparente e marcaria um passo em direção à meta determinada no acordo de não-proliferação nuclear de 1970 de desarmamento geral, com controle internacional efetivo e rígido.

"Quando este mecanismo começar a funcionar, esperamos uma influência positiva no processo de não proliferação, inclusive transformando o processo de desarmamento nuclear em um movimento multilateral, espero que em algum momento próximo", disse Lavrov.

A assinatura desta terça-feira aconteceu depois que o presidente Dmitri Medvedev e Obama assinaram uma nova versão do tratado Start, em que os dois países se comprometem a reduzir seus arsenais nucleares.
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