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Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Notícias | Cultura

Separado, sertanejo Edson ousa em primeiro CD solo e até canta com Pelé

Depois de encerrar uma carreira de mais de 15 anos ao lado do irmão Hudson, que largou a música sertaneja para se dedicar ao rock, o cantor Edson lança neste mês o álbum “Edson & você”, seu primeiro disco solo.


No lugar de gravar um CD com faixas voltadas exclusivamente para o sertanejo, Edson aproveitou que o irmão mais velho se embrenhou pela selva roqueira para experimentar também.

“Eu procurei ousar neste disco - tem uma música que eu fiz pensando no Zeca Pagodinho, e que acabei gravando, um partido alto. Por que não?”, indaga o cantor em entrevista por telefone ao G1.

“Misturei o samba com o batidão da viola. Apesar do Zeca não participar, a música tem a cara dele: ‘Cadê minha grana? A gata comeu / Ela ta por aí, ta morrendo de rir e quem chora sou eu’”, canta.

Além da parceria com o próprio pai, Beijinho, na caipira “Viola minha viola”, e com Zezé di Camargo, “Edson & você” inclui participações inusitadas, como a do jogador e cantor bissexto Pelé.

“Quando eu terminei de compor ‘Sou brasileiro’ com o Flavinho lá em casa, eu perguntei pra ele: será que o Pelé gravaria comigo? Conversei com o Alejandro, do Vila Coutry (casa noturna de música sertaneja em São Paulo), e falei que eu tinha feito uma música para a Copa do Mundo e que se o Pelé participasse seria bacana”, lembra Edson.

Ele conta que o rei do futebol acabou topando a colaboração com facilidade. “Um dia eu estava indo para um show e recebo um telefonema do Pelé. Achei que era uma pegadinha, tem tanta gente que imita tão bem ele. Mas ele já me chamou de ‘xará’ e brincou: ‘porque a gente não faz uma dupla Edson & Edson?’. Ele virou parceiro e acabou assinando a música com a gente – fizemos até um clipe exclusivo para o CD”.

Álbum pensado há 12 meses
O cantor diz que o álbum está sendo gestado há mais de um ano, desde que anunciou a separação da dupla. “Não foi tão difícil, porque eu fazia as pré-produções dos nossos outros álbuns. Eu sempre fui o principal compositor e fazia a primeira voz da dupla. Lógico que foi um desafio, porque eu tinha que me preocupar muito com repertório, decidir sozinho”.

Ele vê a história da dupla como uma transição entre as duplas românticas dos anos 90 e a nova tradição do sertanejo universitário. “Viemos acompanhando essa nova geração. Quando eu ganhei um CD da Maria Cecília e Rodolfo, eu pedi para eles autografarem. Ela escreveu assim – ‘isso é inacreditável, mas estou autografando um CD para o meu ídolo Edson’. Nós ajudamos nessa transição, assim como tínhamos músicas mais românticas, tínhamos faixas como ‘Me bate, me xinga’, que é um batidão como ‘Paga pau’ (sucesso de Fernando & Sorocaba). Eu sou fã demais desses meninos”.

Da carreira com o irmão, Edson diz ter trazido as guitarras que já temperavam as faixas da dupla. “Ouço muito Guns N’ Roses, Pink Floyd, Led Zeppelin, vou do Lynyrd Skynyrd até o Amado Batista. Não deixei de lado a guitarra. Só voltei ao equilíbrio que a gente tinha há três anos. Porque nos últimos três anos, ao invés de sermos uma dupla sertaneja com o molho do rock ‘n’ roll, viramos uma dupla roqueira, e isso marcou as nossas diferenças musicais e acabou na nossa separação”, explica.
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