Relator e relator adjunto da CPI da Bom Futuro, que investiga denúncias de fraudes e simulações de negócios da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), os deputados estaduais Emanuel Pinheiro (PR) e Dilmar Dal Bosco (DEM) não compareceram a reunião de trabalho marcada para hoje (26) na sala das comissões da Assembleia Legislativa (AL).
A expectativa era de que os membros da comissão votassem o requerimento de convocação do empresário Eraí Maggi (PP), um dos fundadores da cooperativa acusada de lesar os cofres públicos em mais de R$ 500 milhões, porém, a decisão foi adiada mais uma vez.
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Atento as movimentações de bastidores, o presidente da CPI, o petista Alexandre César, mandou um recado indireto aos colegas de trabalho. Disse que até gosta de cozinhar, mas alertou que pizza não é o seu prato favorito.
“Eu até gosto de cozinhar e quem teve a oportunidade de estar comigo nessas oportunidades sabe que, obviamente eu não sou nenhum mestre cuca, mas não deixo ninguém passar fome ou comer comida ruim. Agora, não é meu objetivo como presidente desta comissão bancar o ‘pizzaiolo’. Pizza não é o meu prato favorito”, disparou César.
O presidente da CPI da Bom Futuro admitiu que forças políticas externas trabalham contra um resultado prático da comissão, no entanto destacou que a CPI é um instrumento de investigação e não de julgamento. “Temos que entender que, desde a instauração desta comissão, forças políticas existem e não querem que essa apuração aconteça”, afirmou o petista. Ele acredita que se houver comprometimento dos demais membros a CPI pode sim concluir os trabalhos no dia 22 de dezembro.
Autor do requerimento de convocação de Eraí Maggi, o deputado estadual José Riva (PSD) aceitou o adiamento da votação do seu pedido em função da ausência de Emanuel Pinheiro, mas emplacou a proposta que determina que todos os depoimentos requeridos precisam ser realizados até o dia 11 de novembro. A proposta foi aceita por Alexandre César. Se por ventura existir qualquer manobra para adiar a convocação do empresário, a data limite é o dia 11.
Na reunião de hoje ficou definido o calendário de oitivas, que serão realizadas entre os dias 02 e 11 de novembro. O primeiro a ser ouvido será o presidente da Cooamat, Donato Cechinel. No dia 04 será a vez do conselheiro fiscal da cooperativa, Saul Lourenço de Lima, seguido do diretor executivo Roberto Bertoncello, no dia 09. O último depoimento agendado é o de José Vengros, secretário da Coomat, no dia 11.
