O ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT) ainda não decidiu se será candidato a um cargo eletivo no pleito de outubro. Mas para o ex-vereador e pré-candidato ao governo Lúdio Cabral, o ex-deputado tem uma tarefa a cumprir na construção de um projeto para a disputa por conta do vínculo dele com os movimentos sociais, da leitura que faz do Estado e da articulação com a esfera política nacional.

“Abicalil tem dito que não será candidato. Todo o posicionamento interno tem sido no sentido de afirmar que não disputará, embora os dois mandatos como deputado federal tenham sido muito qualificados. Na minha opinião, é um companheiro importante. Não sei se para estar no governo, mas para contribuir. Abicalil é uma referência ética, intelectual, programática para o PT em MT e no país”, observou em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

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Para o próprio Abicalil, o momento é de conversar muito sobre a composição política para o ano de 2014 de forma responsável com o conjunto da base aliada.

“Estar ou não na condição de candidato no palanque é uma decisão coletiva. Esta decisão ainda não chegou no momento de maturidade”, afirmou Abicalil, atualmente assessor legislativo da Liderança do Governo no Congresso.

Pivô da disputa judicial com o senador Pedro Taques (PDT) travada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), onde ele tenta impugnar o mandato do ex-procurador da república por conta de suposta fraude na ata da candidatura da coligação vencedora, Carlos Abicalil avalia que batalha eleitoral em Mato Grosso ainda terá muitos desdobramentos e que a pré-candidatura de Lúdio Cabral (PT) é um dos cenários possíveis.

“O conjunto dos partidos da base tem, além do nome do Lúdio no cenário, tem o nome do vice-governador Chico Daltro, tem o nome do juiz Julier, então há outras possibilidades que também estão no cenário. O fortalecimento do nome do PT e o convite do PT ao Julier estão nesta cena do jogo”, destacou.

Embora não saiba se será candidato, nos bastidores o ex-deputado continua com forte influência política e não perde de vista os objetivos para 2014.

“Desejo que seja a consolidação de um palanque unitário e forte para cumprir nosso objetivo, que é suceder o governo Silval com vitória e reeleger a presidente Dilma”, acrescenta ao ressaltar os objetivos do PT para 2014”, acrescentou.