Investigadores de três divisões do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis (DCCP, DGL e Depatri) trabalham desde a manhã de quarta-feira (30) na tentativa de descobrir quem foi o autor do disparo e qual foi o motivo do crime que vitimou o taxista Rui Morais Freitas, 27 anos.

Rui foi encontrado sem vida por volta das 07h30 desta quarta-feira (30) dentro do carro que trabalhava como taxista, um Gol branco, na Rua do Lazer, próximo ao clube da Polícia Rodoviária Federal, ao lado da MT-471, conhecida como Rodovia do Peixe.

O taxita foi alvejado com um tiro na altura da têmpora direita e segundo a perícia, pela rigidez do corpo, ele foi assassinado por volta das 22 horas de terça-feira (29), logo que saiu para sua última corrida.

Segundo o delegado Wilson Leite, coordenador geral do Cisc, nenhuma hipótese será descartada, incluindo a de um homicídio. Além dos pertences do taxista, a perícia encontrou próximo ao local do crime uma sandália feminina, de tamanho grande e com marcas de sangue.

Por esse motivo, a polícia suspeita da participação de pelo menos um travesti, e também devido a chamada para a corrida ter sido feita de uma região onde há ponto de travestis.

Outra linha de investigação aponta ligação entre a morte do taxista com o assassinato de um adolescente de 17 anos no bairro Pedra 90, na madrugada de segunda-feira (28). Ainda ontem, sete pessoas já haviam sido ouvidas pelos delegados que acompanham o caso.

Indignação

Pouco antes do velório de Rui Moraes, os taxistas de Rondonópolis fizeram uma passeata pelas ruas do Centro até a 2ª Igreja Batista, onde o corpo do taxista foi velado. Após a descoberta do crime, ontem, os profissionais também estiveram no Cisc cobrando da polícia empenho para desvendar o caso.

Rui era natural de Uruaçu (GO), onde será sepultado hoje. Ele deixou esposa e quatro filhos, dois meninos e duas meninas, de oito, seis, quatro e dois anos de idade. Sua esposa sofre de uma doença grave que causa problemas de locomoção.