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Sexta-feira, 03 de maio de 2024

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Terrorismo eleitoral

Advogado denuncia 'pistolagem' na campanha de Várzea Grande

Foto: Reprodução / Site Aluguel de Temporada Brasil

Candidatos e cabos eleitorais estão sob pressão psicológica e agressão física em Várzea Grande

Candidatos e cabos eleitorais estão sob pressão psicológica e agressão física em Várzea Grande

O advogado militante do Movimento Cívico de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Vilson Nery, denuncia a presença de "pistoleiros agindo livremente em Várzea Grande" na campanha eleitoral. "Nos três comitês e os três candidatos contam com segurança armada", afirma em entrevista ao Olhar Direto. Em eleições passadas, o município já teve vários casos de confronto e agressão entre militantes e candidatos de lado a lado.


Ele cita que o clima de terror não é só de ameaça à integridade física dos candidatos a prefeito, como também de responsáveis por comitês eleitorais de concorrentes a vereador.

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"Invadiram o comitê de um candidato que mudou de lado, o Arnaldo do Mapim", conta. "Ontem (quinta-feira), invadiram o comitê de duas candidatas. De uma levaram R$ 170. E vemos o mesmo modus operandi. Chegaram lá, e perguntaram: cadê o dinheiro da candidata. Em outro comitê, tinha uma criança de 10 anos e bateram na criança", alerta.

"É nesse nível que a eleição está lá, com violência. A Justiça tem que agir, porque vai ficar pior. Essa violência que está lá só veio à tona a questão do assalto no comitê do Arnaldo do Mapim".

Ele comenta que esteve em um comício e percebeu o nível de beligerância nos bairros de Várzea Grande. "Estava lá no bairro e vi quatro a cinco pessoas, nos cantos, os caras todos armados".

O advogado recomenda uma forma de prevenir a questão. "Dá para tomar medida e agir agora preventivamente. É só o juiz eleitoral fazer blitz em comitê eleitoral", propõe.

Terror eleitoral


O advogado Vilson Nery afirma que há uma constatação de que a guerra psicológica entre os candidatos e seus comandados vai prosseguir. "Podemos constatar que todos eles vão se utilizar da violência. Uma das candidatas me ligou e eu recomendei: façam BO (Boletim de Ocorrência)", revela. Vilson Nery afirma que já levou a situação para autoridades da justiça e que a organização e a própria Justiça Eleitoral devem tomar um posicionamento quanto ao assunto.

"Não dá para aguentar. E o pior está por vir. Nos 15 dias antes da eleição, o dinheiro corre. A cidade está violenta. A propaganda eleitoral também tem acusações pessoais violentas, com dossiês", argumenta o clima de terror eleitoral.

Ele alega que uma parte da culpa por esse cenário contra a democracia e o livre direito de escolha do voto pelo eleitor é dos advogados e marqueteiros, que não orientam direito os candidatos. "Vai ficar pior. E a culpa é dos advogados, que não explicam direito ao candidatos, e marqueteiros, que não educam o candidato e a população. Os programas eleitorais são um acinte à soceidade", avalia. "A eleição vai descambar". 

Histórico

O advogado Vilson Nery lembra do caso da eleição de 2000 em Cuiabá, quando o suplente do PT, Nicássio Barbosa, ordenou mando para tentativa de matar o companheiro de chapa, segundo suplente, Sivaldo Dias Campos. Ele levou tiros, ficou com sequelas de fala e para andar. Um caso que se tornou emblemático para o nível de violência na política de Mato Grosso, lembra.

Outro ato de violência eleitoral em Várzea Grande, foi o Caso Quintela, quando em 1982, em campanha, o candidato Celso Quintela foi assassinado quando disputava com o ex-prefeito da cidade e atual senador Jaime Campos (DEM). 



Atualizada às 12h47
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