A Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (AL-MT) definiu na tarde de hoje (12) a composição da Comissão Parlamentar de Inquérito da Bom Futuro, que vai investigar denúncias de fraudes fiscais supostamente cometidas pela Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), que podem ter lesado os cofres públicos em mais de R$ 500 milhões. Conforme já vinha sendo ventilado nos bastidores, o petista Alexandre Cesar (PT) será o presidente. Emanuel Pinheiro (PR) ficou como relator. Jota Barreto (PR) é o vice-presidente e Dilmar Dal Basco o relator adjunto.

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Os quatro deputados estaduais passaram mais de duas horas reunidos na sala de reuniões da presidência da Casa de Leis. Dilmar Dal Bosco questionava a legalidade da tramitação do pedido no parlamento, uma vez que o deputado estadual Ademir Bruneto (PT) alegava ter retirado sua assinatura.

O democrata ainda cobrava o cumprimento de uma acordo de que a criação da CPI deveria ter passado por uma discussão no Colégio de Líderes, o que não aconteceu. Após averiguar detalhadamente o processo legisaltivo, segundo Dilmar, as dúvidas foram sanadas e prevaleceu o entendimento pela regularidade da comissão. 

A Cooamat tem como um dos seus principais associados o ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer (PP), presidente do Grupo Bom Futuro, que pode ser convocado para prestar esclarecimentos à CPI. Ficou definido que as reuniões de trabalho da comissão serão realizadas às terças e quintas-feiras.

Alexandre César já recebeu hoje todos os documentos levantados por Riva durante a apuração feita de forma particular. Os requerimentos de convocação e depoimentos devem ser recebidos na semana que vem, na primeira reunião.