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Terça-feira, 14 de maio de 2024

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Arquiteto do VLT de São Paulo afirma que o de Cuiabá vai demorar mais 4 anos para ficar pronto

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Arquiteto do VLT de São Paulo afirma que o de Cuiabá vai demorar mais 4 anos para ficar pronto
O arquiteto e urbanista, Ruy Ohtake, responsável pela construção do primeiro Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) de São Paulo, afirmou que o VLT de Cuiabá dificilmente ficará pronto nos próximos quatro anos. A declaração foi dada durante palestra promovida pela Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/MT). 


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“Dificilmente o VLT de Cuiabá ficará pronto em quatro anos”, disse Ohtake, após uma breve impressão pela cidade. O arquiteto projetou o primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que corta a cidade de São Paulo suspenso a 10 metros do chão, ainda em 1997, e que demorou 10 anos para ser totalmente implantado.  “É uma grande mácula da mobilidade urbana de Cuiabá a não conclusão do VLT”, completou.

Planejamento urbano

Ohtake esteve na capital mato-grossense para ministrar uma palestra sobre Criatividade e Inovação, marcas registradas dos seus projetos que passam de 300 obras espalhados por todo o mundo. Após um breve contato com Cuiabá, o profissional afirma que Cuiabá está entre as cidades em que o planejamento é mais viável se iniciado de fora para dentro, ou seja, da periferia para os grandes centros.
 
“A arquitetura é uma ferramenta de inclusão, e deve estar à frente da ocupação urbana, e não usada como remendo para sanar os problemas da cidade”, reiterou durante a discussão que tratou dos problemas de planejamento urbano e possíveis soluções para a capital, que completará dentro de quatro anos seu tricentenário.

Segundo informações da assessoria, como exemplo de como o planejamento pode tornar a cidade mais igualitária, ele cita o seu projeto de moradias populares implantando em uma favela de São Paulo, o Parque residencial Heliópolis, feito com recursos do programa federal Minha Casa Minha Vida. Um espaço distante do grande centro, em que foi possível atender o primeiro degrau da pirâmide social brasileira com apartamentos de apenas 46 m², mas com um diferencial: os prédios foram projetados circulares, possibilitando um ambiente ventilado e iluminado, fora dos padrões de moradias populares.
 
 “São pessoas que nunca pensaram em morar em uma residência assim, com qualidade de vida, e a arquitetura permitiu isso. Conversei muito com lideranças comunitárias, esse é um trabalho que precisa ser feito, eles precisam sentir que tem alguns aliados”, reitera.

Diplomado há mais de 40 anos pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é autor de diversos projetos, entre os quais se destacam o Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, 1975; a embaixada brasileira em Tóquio, 1982; os hotéis Renaissance (1992) e Unique (2002), ambos em São Paulo além dos jardins e pelo museu aberto da Organização dos Estados Americanos, nos Estados Unidos.
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