Levantar suspeição com base em números aproximados ou em dados contábeis que não estejam plenamente fechados é proibido no governo de Mato Grosso, sob o comando do governador José Pedro Taques (PDT). É o que ficou claro na apresentação do secretário Ciro Rodolpho Gonçalves, da Controladoria Geral do Estado, durante reunião com  os auditores e demais servidores da instituição.
 
Considerado homem de confiança de Taques, ele explicou aos colegas que as premissas básicas que devem nortear a atuação do órgão nesta nova gestão do Governo de Mato Grosso. O evento serviu como primeira reunião de trabalho do novo chefe da CGE com a equipe.
 
 Ciro Gonçalves esclareceu que, uma das premissas é o empenho redobrado na execução das atividades, tendo em vista os desafios que já começaram a ser impostos pelo novo governador, dentre eles a auditoria nos contratos firmados pela administração pública com empresas para prestação de serviços, fornecimento de bens e execução de obras públicas, como parte de um pacote de medidas de reorganização das finanças do Estado.
 
Ele argumentou, em relação ao exemplo citado, que apesar da auditoria em contratos ser uma atividade rotineira do órgão, com consequentes apontamentos de ajustes em prol da legalidade, economicidade e eficiência na aplicação dos recursos públicos, o nível de exigência será maior em virtude do choque de gestão que o novo governo pretende promover.
 
“Conto com o apoio de todos os servidores da CGE para seguirmos atuando de forma dinâmica, imparcial, técnica e com qualidade no assessoramento aos gestores”, argumentou o secretário da Controladoria, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Na oportunidade, também foi realizado ato simbólico de transmissão do cargo de secretário-controlador geral do Estado, de José Alves Pereira Filho para Ciro Rodolpho Gonçalves, ambos auditores do Estado.
 
José Alves Filho destacou que a escolha de Ciro para sucedê-lo foi acertada pelo dinamismo e pela qualificação técnica já demonstrada na atuação como líder de equipe, tanto na área de corregedoria quanto na de auditoria em licitações e contratos. “Além disso, Ciro teve participação efetiva nas decisões estratégicas da gestão que liderei, o que demonstra que estávamos no rumo certo”, disse Alves, que foi titular da pasta no governo Silval Barbosa, encerrado em 31 de dezembro.