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Segunda-feira, 06 de maio de 2024

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Bancada governista volta a carga na busca do afastamento do presidente; João Emanuel pede paz

Foto: Walter Machado / Câmara de Cuiabá

Câmara de Cuiabá corre o risco de voltar a enfrentar

Câmara de Cuiabá corre o risco de voltar a enfrentar

Passadas algumas semanas de trégua no Palácio Pascoal Moreira Cabral, alguns líderes da base governista na Câmara de Cuiabá, devem apresentar, na sessão ordinária desta quinta-feira (17/10), novo pedido de destituição do vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD) do cargo de presidente da Mesa Diretora. Fonte do Olhar Direto revela que os vereadores Chico 2000 (PR) e Júlio Pinheiro lideram o novo ‘levante’ e que existe o entendimento dos governistas é de que “as acusações contra ele são de extrema gravidade e exigem investigação profunda”.


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João Emanuel se vê vítima de complô e somente defesa é quem vai se manifestar sobre o campo de suposta ‘venda de sentença’

Já João Emanuel, que ainda comemora o nascimento do seu filho José Geraldo Riva Neto, afirma que não há motivo para novos embates e defende a paz e o diálogo. “O pior dos caminhos é a briga. Todos perdem”, assegura ele.

João Emanuel nega que tenha ‘fugido’ de dar explicações aos colegas e revela que, se deixou de atender algumas ligações, inclusive de vereadores, foi por conta do atendimento à sua mulher, Janaína Riva e ao seu filho, recém nascido. “Creio que o momento é de harmonia e não de enfrentamento. E é necessário que fique bem claro que, no caso especifico da cobrança [venda de sentença] eu não tenho qualquer responsabilidade”, resume Emanuel, ao lembrar que se reuniu com os colegas na última terça-feira (15/10) e que considerou “tudo muito normal”.

Os parlamentares governistas entendem que há comprovado ato de improbidade administrativa por parte do presidente da Câmara. A denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), acatada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, é considera robusta. O MP acusa o parlamentar do PSD de ter participação na tentativa de compra de sentença pela soltura de sete acusados de tráfico de drogas, o chamado ‘caso Pagliuca’.

Além disso, os parlamentares situacionistas estariam insatisfeitos com o fato de quatro Comissões Parlamentares de Inquéritos (CPI) não terem saído do papel até hoje. Para eles, João Emanuel não estaria realizando um bom trabalho à frente do Legislativo.

Independente do novo pedido de afastamento, João Emanuel ainda corre o risco de ser destituído da presidência, já que tramita no Tribunal de Justiça um recurso impetrado por quatro vereadores - Júlio Pinheiro (PTB), Lueci Ramos (PSDB), Wilson Kero-Kero (PRP) e Adilson da Levante (PSB) - e um outro processo do vereador Haroldo da Açofer Kuzai (SSD), segundo vice-presidente da Câmara Municipal, com o mesmo pedido.

Há poucos dias, João Emanuel conseguiu nova vitória no Poder Judiciário: o agravo regimental impetrado pelo vereador Haroldo Kuzai foi rejeitado por unanimidade pela Turma de Câmaras Cíveis Reunidas de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça, no início deste mês.

O recurso deu-se em face da liminar concedida pela desembargadora Maria Aparecida Ribeiro que mantinha João Emanuel no cargo. A polêmica começou em 29 de agosto, quando os 16 vereadores governistas aprovaram o afastamento do social-democrata durante uma sessão polêmica, realizada no escuro e sem a presença de taquígrafos ou registros oficiais.
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