Dirigentes dos partidos da base aliada do governador Silval Barbosa (PMDB) passaram quase duas horas reunidos, nesta terça-feira, no Diretório do PR, para decidir que não irão definir nada, por enquanto. A verdadeira decisão ficou para a véspera do dia 30, quando o candidato ao governo de Mato Grosso será apresentado com critérios que, em rápida leitura, tendem a favorecer o ex-juiz Julier Sebastião da Silval (PMDB), visto como favorito pelo nível das exigências.

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O coordenador da articulação e vice-presidente do PMDB, ex-senador Márcio Lacerda; o secretário geral da Executiva do PR, deputado Emanuel Pinheiro, e o presidente do Pros, deputado federal Valtenir Pereira, entendem que há justiça nos critérios e que ninguém é favorecido.

“É certo que os critérios falam por si. E, sem dúvida, não há condições de favorecer o pré-candidato ‘A’ ou ‘B’, porque prevalece a transparência”, ponderou Emanuel.

“Temos certeza de que o caminho percorrido é o correto. Sem dúvida, isso [possível favorecimento] é intriga da oposição”, observou Márcio Lacerda. 

No encontro desta terça-feira, os aliados definiram sete critérios no mínimo curiosos, para escolher o candidato a governador. E com base nos critérios, em contato informal com dirigentes e parlamentares aliados, a reportagem do Olhar Direto aponta os nomes supostamente favorecidos, em cada quesito:

1) Perfil do candidato, levando-se em conta desde o currículo até a expectativa do eleitorado. (Julier Sebastião, PMDB)
2) Momento político vivido pelo pré-candidato a governador.  ( Favorece Julier)
3) Potencial de agregar aliados no curto prazo. (Favorece  Ludio Cabral, do PT)
4) Intenção de voto em pesquisa sobre tendência do eleitorado. (Ludio)
5) Conhecimento dos municípios de Mato Grosso. (Favorece Chico Daltro, do PSD)
6) Capacidade de enfrentamento do debate, principalmente na TV. (Ludio e Julier)
7) Melhor perspectiva de desempenho diante do principal adversário, o senador José Pedro Taques (PDT), pré-candidato ao governo de Mato Grosso pela oposição a Silval. (Julier)


Fazem parte do arco de aliança governista: PMDB, PT, PSD, PR, Pros, PCdoB e mais cinco partidos emergentes. Márcio Lacerda revelou que ainda acredita no ‘retorno’ do Partido Progressista, diante da dificuldade do ‘rei da soja’ Eraí Maggi Scheffer honrar o compromisso assumido com a reeleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), se permanecer junto à oposição.