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Domingo, 19 de maio de 2024

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'GRITO DO APIACÁS'

Bloqueio de rodovia impede sete mil trabalhadores de chegar à hidrelétrica

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria e presidente da Subcomissão de Demarcação de Terras Indígenas da Câmara dos Deputados, a manifestação é mais que justa, uma vez que o governo tem tomado as terras à revelia.

Foto: Divulgação

Protesto é contra ampliação da terra indígena kayabi, que praticamente inviabiliza economia de municípios do extremo-norte de Mato Grosso

Protesto é contra ampliação da terra indígena kayabi, que praticamente inviabiliza economia de municípios do extremo-norte de Mato Grosso

Cerca de sete mil operários que trabalham na construção da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Teles Pires, que está sendo erguida no rio Teles Pires, entre Paranaíta (861 km de Cuiabá) e a divisa com o Estado do Pará, ficaram impedidos de chegar ao pátio das obras nesta segunda-feira de manhã, por causa de um bloqueio na MT-206.


O manifesto denominado “O Grito de Apiacás” é organizado por sindicatos, associações e entidades de classe e mobiliza toda a população da região afetada pela ampliação da reserva indígena Kayabí. O objetivo é conseguir o cancelamento do ato publicado no Diário Oficial da União (DOU) no último mês de abril.

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O protesto acontece na ponte sobre o rio Paranaíta. Os manifestantes querem ser ouvidos pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem irão pedir a revogação da ampliação. O encontro deve ser em audiência pública a ser realizada na cidade de Apiacás, com lideranças empresariais e políticas, inclusive com a presença do governador Silval Barbosa (PMDB).

Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB), líder da Minoria e presidente da Subcomissão de Demarcação de Terras Indígenas da Câmara dos Deputados, a manifestação é mais que justa, uma vez que o governo tem tomado as terras à revelia.

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“O Grito de Apiacás é mais uma demonstração da força de nosso povo. É um movimento legitimo, afinal, o governo federal insiste em fazer as demarcações de forma unilateral, sem ouvir todos que são ou serão diretamente afetados pelas ações. O governo está tomando áreas de legítimos proprietários à revelia, sem a menor chance de defesa ou contraditório”, disse, por meio da assessoria de comunicação.

Segundo o prefeito de Apiacás, Adalto Zago (PMDB), além de desalojar famílias, as novas demarcações impedem a exploração do calcário na região. “Temos aqui uma das maiores jazidas de calcário do país. Com a ampliação da área destinada aos índios, estamos perdendo o acesso a este material tão importante para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária, responsáveis por manter o equilíbrio da balança comercial brasileira.”

Os organizadores do manifesto esperam reunir cerca de cinco mil pessoas no local do bloqueio, que deve inclusive impedir o acesso ao canteiro de obras da Usina Teles Pires. Em Apiacás e Paranaíta, comércio e órgãos públicos não devem funcionar nesta segunda-feira.

A partir do bloqueio, que começa na madrugada desta segunda-feira, o tráfego na MT-206 ficará interrompido por tempo indeterminado.
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