Estudo divulgado nesta segunda-feira (18.2) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília, revela que as capitais dos Estados possuem até quatro vezes mais médicos do que as cidades do interior, o que compromete a eficácia dos programas governamentais para ampliação da rede de atenção nas regiões mais pobres.

Enquanto a média nacional é de dois médicos para cada grupo de mil habitantes, as capitais superam e muito este índice, criando um desequilíbrio muito grande para cidades de menor porte.

Brasil chega a 400 mil médicos, mas CFM diz que distribuição é problema

Apesar de Mato Grosso ter média inferior à nacional, (1,26 contra 2,0) Cuiabá ocupa a décima sexta colocação entre as capitais mais atendidas por estes profissionais, com índice de 3,60 médicos por mil pessoas.

De acordo com dados do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, a capital matogrossense, com 556 mil habitantes, possui 2.001 médicos.

No Centro-Oeste, Goiânia lidera o ranking das capitais, com razão de 5,42 médicos, embora Goiás esteja com índice de apenas 1,73.

No país, a liderança está em Vitória (ES), com índice de 11,61 médicos por mil, contrastando com os demais municípios capixabas, pouco assistidos. Porto Alegre (RS) aparece em segundo, com 8,73.