‘A saúde no Brasil está dando o seu último SUSpiro’, exibia um dos diversos cartazes levantados por aproximadamente de 500 médicos que participaram do manifesto realizado na tarde desta quarta-feira (03), em Cuiabá contra péssimas condições da saúde pública. O ato fez coro à paralisação nacional que ocorre em várias cidades do país.
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As reivindicações apresentadas por médicos e estudantes de medicina mesclam problemas antigos e novos: melhor qualidade na saúde pública, não a privatização do SUS, revalidação dos diplomas de estrangeiros e sanção do Ato Médico pela presidenta Dilma Russeff (PT).
Diante de uma pauta extensa, a questão da vinda de médicos estrangeiros dada como uma solução para suprir a falta de médicos no interior das cidades foi criticada pela classe. “Trazer médicos estrangeiros não vai resolver o problema, pois as condições estruturarias básicas e insumos não existem”, lamentou a presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), Dalva Alves das Neves.
Aos poucos, dezenas de pessoas trajadas com jaleco banco ocuparam a frente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), de onde sairiam em passeata. Ao todo, os manifestantes fizeram cinco paradas para a entrega do documento que continha todas as demandas da saúde. Pela ordem, o Ministério Público Estadual (MPE), Secretaria de Estado de Saúde (SES), Palácio do Governo, e, por fim Assembleias Legislativa de Mato Grosso (ALMT) receberam a visita do grupo.
Na primeira parada, o procurador-geral da Justiça recepcionou os manifestantes na entrada do órgão e recebeu das mãos da presidente do Conselho, Dalva Alves o documento com as reivindicações.Depois de ser sediado pelos médicos e estudantes de medicina que solicitavam um pronunciamento, o procurador aceitou o convite e falou ao microfone. “No que estiver ao alcance do Ministério Público nós iremos fazer”, garantiu.
Plano de Carreira
A criação de um plano de carreira para os médicos foi apontada como um das medidas que contribuiria para a interiorização dos profissionais com o preenchimento de parte das vagas ociosas. “Com o plano de carreira seria possível dar perspectivas aos médicos, como o que ocorre na procuradoria”, afirmou a presidente do Sindicato dos Médicos em Mato Grosso (Sindmed), Elza Queiroz.
