Presidente do PSB em Mato Grosso, o deputado federal Valtenir Pereira afirmou nesta terça-feira (14) que haverá igualdade de condições entre os possíveis candidatos ao governo estadual se o senador Blairo Maggi (PR-MT) realmente ficar fora da disputa pelo Palácio Paiaguás no ano que vem. “Todo mundo passará a ser japonês. Ficará igual”, disse Pereira, considerando que Maggi tem um nome já consolidado. “Se for candidato, ele já largará na frente”, complementou.

De acordo com Pereira, o próprio PSB discutirá a questão internamente caso Maggi não volte atrás. No último dia 9, Maggi confirmou ter descartado a possibilidade de tentar retornar ao governo de Mato Grosso para continuar atuando no Senado e se dedicando às suas empresas.

O posicionamento do senador gerou uma série de declarações na imprensa mato-grossense por parte de correligionários e outros aliados. Apesar das reações, ele afirmou hoje que vai manter o posicionamento em reunião com representantes de seu partido. A reunião deveria ter acontecido ontem, mas foi adiada.

“Não desejo ser candidato em 2014. Além disso, ainda estamos muito distantes da eleição. Não há o que se discutir agora. Há outros potenciais candidatos no estado. Por exemplo, Pedro Taques (senador), Luiz Antonio Pagot (ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e José Riva (deputado estadual). Se eu não desejo disputar, obviamente eu tenho que olhar quem vai disputar, não é verdade? Não posso me incluir dentro de um negócio que não pretendo”, disse Maggi. Segundo ele, atualmente não há nada que o fizesse voltar atrás.

No entanto, Maggi ponderou que “governador e presidente (em exercício) ainda estão na metade dos mandatos”. Isto é, ainda “há muito que esperar”. Vale observar que Maggi, no início do mandato de senador, se queixou do ritmo do Senado.

Na avaliação do presidente do PSB, “não é hora de quem tem o nome consolidado colocar o bloco na rua”. Para Pereira, “quem precisa consolidar o nome deve se anunciar a partir de agora”. Insatisfeito com o PR, o ex-governador mencionou que está “preso na questão da fidelidade partidária”. “O único caminho seria ir para um partido novo, mas não vejo possibilidade em relação a nenhum”, concluiu.