A Vigilância Sanitária exigiu a interdição do Centro de Esterilização do Pronto-Socorro de Cuiabá na última sexta-feira (01). Após vistoria, os agentes constataram que o espaço era inadequado para a higienização dos materiais hospitalares.

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O lugar que deveria ser limpo era o ambiente propício para infecções. O risco foi confirmado pelo próprio secretário municipal de saúde, Kamil Fares (PDT. Segundo ele, “é um milagre a unidade no estado em que se encontra não ser um foco de infecções”.

A real situação do Centro de Esterilização foi mostrada à imprensa durante visita do prefeito Mauro Mendes (PSB) e secretário municipal de Saúde, Kamil Fares, a unidade de saúde, na tarde desta segunda-feira (04). O presidente da Câmara, João Emanuel, e alguns vereadores também acompanharam a visita do Executivo.

A condição precária do Centro de Esterilização surpreendeu os visitantes, pois o espaço é visivelmente insalubre e resultado de uma obra inacabada. As paredes estão quebradas e sem acabamento, o teto está com sua fiação expostas, faltam portas, existe infiltrações e ainda, os materiais utilizados para a esterilização eram inadequados, além da sujeira no local.

Esse era o ambiente que os funcionários do pronto-socorro tinham para fazer a higienização de todos os materiais utilizados nos pacientes dentro do pronto-socorro.

De acordo com o Secretario de gestão da secretaria municipal de saúde, Paulo César M Ribeiro, “durante oito meses o Centro de Esterilização esteve instalado nesse espaço, inacabado, pois a empreiteira responsável abandonou a obra”.
Com a interdição do local, o Centro foi instalado em outra área do prédio até que seja finalizada a obra.

Precariedade

A visita mostrou novamente a realidade do Pronto-Socorro de Cuiabá que há 30 anos ocupa o mesmo prédio. Várias reformas foram realizadas, mas a cada nova obra um problema é encontrado, como relatou o secretário municipal de saúde, Kamil Fares. “A estrutura é velha e quando quebra uma parede você acha um problema de infiltração”, afirmou.

O prefeito Mauro Mendes também ressaltou que até dia 25 deste mês o local para a construção do novo Pronto-Socorro da capital será revelado, porém a atual unidade não pode parar de funcionar.

Para manter o espaço em atividade o município utilizará os R$ 500 mil para os reparos, que segundo o secretário ainda é insuficiente pelo tamanho da demanda. “O prefeito terá que recorrer ao fundo 100 para podermos dar conta da reforma necessária para o prédio”, concluiu.