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Quarta-feira, 08 de maio de 2024

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MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL

Como um menino da roça se tornou general, posto máximo do Exército Brasileiro

Foto: Olhar Direto

Como  um menino da roça se tornou general, posto máximo do Exército Brasileiro
“Sou filho de sitiante, morava na roça, a uns cinco quilômetros da área urbana de Sabino [SP]. Mas não sei de onde veio a vontade de ser militar. Fiz o primário e o ginásio em minha cidade natal. Mas o científico [segundo grau] era impensável, naquela época. Resolvi fazer em Lins. Eram cinco quilômetros a cavalo ou a pé até Sabino e outros 50 quilômetros até Lins, todas as noites. Voltava às 23h30 ou mais. Às 5 horas estava de pé, para ajudar meus irmãos na roça. Foi assim até concluir o colegial”.

 
O relato do general da reserva Alaor Navarro Moraes, do Exército Brasileiro, não dava à época sequer sinais de que o menino da roça pudesse ser aprovado no vestibular mais concorrido da época: Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), que abrigava a nata dos estudantes das Forças Armadas. Em 1965, ele concorreu com mais de 156 mil brasileiros a uma das 340 cadeiras então disponíveis na Aman. Era o vestibular mais concorrido do Brasil: 458 candidatos por vaga.

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“Se eu começasse a agradecer a Jesus Cristo hoje, até o final da minha vida, eu não iria conseguir agradecer tudo que Ele fez”, argumentou o militar, em vista à Redação do Olhar Direto. Ele que foi comandante do 5º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC), em Porto Velho (RO), e justamente por isso ele participou ativamente da construção da BR-364, que liga Cuiabá até Rio Branco (AC), passando pela Capital de Rondônia.
 
Nascido em uma família humilde e o sétimo de uma prole de 10 irmãos, passou apuros para estudar  em Sabino, ao mesmo, trabalhar na roça – naquele tempo, aos seis ou sete anos os meninos já ajudavam no plantio, colheita e curral. Porém, conseguiu vencer e hoje sua superação é reconhecida por parentes e amigos.
Quando o sonho de ser um militar se tornou realidade, a alegria chegou ao coração humilde de Alaor Navarro e, após dois anos na Aman, escolheu a área de Engenharia. “No Exército, a Engenharia serve para construir e destruir. Em tempos de paz, muito mais para construção”, lembrou ele.  
 
“A minha herança é o que meus pais passaram para mim. Eu olho meus pais e vejo exemplo de honestidade e caráter, isto representa muito para mim!”, ponderou Navarro Moraes.  
 
Hoje, na reserva remunerada do Exército, Alaor Moraes possui condições de dar consultoria sobre construção de estradas, na Amazônia Legal, a muitos que se imaginam mestres, no assunto. No comando do 5º BEC, desbravou trechos da BR-364 considerados praticamente intransponíveis.  “Muitos homens perderam suas vidas, nessa tarefa”, citou ele. Sua foto está na galeria dos ex-comandantes do 5º BEC, em Porto Velho, que deixou em 1997.

Durante a  sua estada, em Cuiabá,  visitou parentes e decidiu conhecer o Pantanal de Mato Grosso.
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