Pelo menos oito mil pessoas, segundo os organizadores, saíram da Praça Alencastro, no coração de Cuiabá, rumo à Avenida Rubens de Mendonça (CPA) e ao Palácio Paiaguás, Assembleia Legislativa e Praça das Bandeiras, na noite desta sexta-feira (28/07), contra a corrupção e a violência. Aos gritos de “um, dois três... quatro, cinco mil, ou para a roubalheira ou paramos o Brasil”, a multidão parou o trânsito desde o final da tarde, nas avenidas Getúlio Vargas, Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Rubens de Mendonça.
Já a Polícia Militar calcula que cerca de 2,5 mil pessoas participem da movimentação.
“O poder de mobilização viabilizado pelas redes sociais na internet é uma tendência mundial e o sucesso de nossa caminhada contra a roubalheira dos cobres públicos, no Brasil e particularmente em Cuiabá, é um aprova disse”, explica o acadêmico Afonso Alves, um dos organizadores do evento.
A segurança está sendo mantida por aproximadamente 300 homens da Polícia Militar, inclusive um pelotão da Força Tática – vinculada ao Bope – e agentes de trânsito da Prefeitura de Cuiabá, os ‘amarelinhos’.
“O povo saiu às ruas após se deparar constantemente com casos de corrupção e de má gestão da coisa pública. Tais acontecimentos contribuíram para mobilizar a sociedade para revelar seu descontentamento através de manifestações”, afiança o ativista social Waldir Bertúlio, professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Durante a caminhada, ficou evidente que os organizadores expressam claramente o repúdio à participação de partidos políticos, admitindo apenas algumas instituições, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e setores do movimento comunitário.
“Essa manifestação é a descrença e a falta de confiança nas instituições democráticas, por isso está rechaçada a participação de partidos políticos”, emenda a aluna Maria Clara Borges.
Mais informações em instantes.