A convocação do “comendador” João Arcanjo Ribeiro, o desembargador aposentado Licínio Carpinelli e alguns líderes políticos e empresários para a defesa do empresário Sérgio Marchett, acusado de mandar matar os irmãos Brandão Araújo Filho e José Carlos Machado Araújo, em assassinatos ocorridos em 10 de agosto de 1999 e em 28 de dezembro de 2000, obedeceu critério técnicos, sustenta o advogado Eduardo Mahon.

“Como não há qualquer receio por parte do senhor  Sérgio Marchett, acreditamos que a melhor forma de encarar o processo é rebater a acusação de frente. Por isso, chamamos aos autos todos os que foram citados direta ou indiretamente, até mesmo o senhor João Arcanjo Ribeiro. Não há o que temer e, portanto, deve o Juízo ouvir todos os envolvidos ou citados por testemunhas na fase indiciária”, consta de nota encaminhada pelo advogado.

Ele ainda sustenta que está bastante tranquilos quanto à condição processual."A defesa antecipou-se, apresentando espontaneamente a resposta preliminar à acusação, arrolando testemunhas e requerendo outras providências ao Juízo. Portanto, a nossa postura prova que iremos contribuir com o Judiciário Mato-Grossense”, relata Mahon.

Após uma série de substituições entre magistrados, conforme Mahon, o processo teve seu 'primeiro impulso oficial'. “Sérgio Marchett encontra-se com empreendimentos na Bolívia e na Colômbia e tem uma forte convicção de que será impronunciado ou absolvido, na fase processual apropriada”, pondera.

Como o processo ainda está em fase inicial, a defesa irá requerer perícias e tantas outras provas quantas forem necessárias. “Temos a certeza de que a trágica morte dos irmãos Araújo não tem qualquer relação com questões empresariais, conforme provaremos facilmente. Assim sendo, o processo penal que se arrasta sem fim é um ônus injusto aos acusados”, conclui.

Atualizada e corrigida às 20h37
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